Foto: Wilson Martins
No Evangelho de Lucas 22, 39, Jesus está no Horto da Oliveiras pedindo a Deus Pai: “Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua. Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo. Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.”
O sofrer figura como uma realidade das mais decorrentes, pois é causa de muito dizer, pensar e refletir. No sofrimento de Jesus, a angústia suprema que O abate é revelada a nós. Ele, por ser Filho de Deus, sofreu; isso é para nos identificar que a cruz não é uma representação nem um teatro, pois Ele não estava representando, mas vivendo na realidade humana por escolha da dura realidade, da conseqüência do Seu viver. Naquele momento, Ele estava com medo.
Temos o direito de chorar e dizer que estamos com medo, porque o peso da vida está sobre nós. Tornamo-nos diferenciado por que nos tornamos humanos demais. Nós ainda não encontramos maquiagem que maqueie nossa dor. O sofrimento é humano, real e concreto. Jesus pede ao Pai : “Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua” . Ele sabia que este momento era uma transição e precisava de Deus para vencer a batalha. Nem o Filho de Deus escapou do sofrimento. Não podemos mudar o sofrimento, mas podemos pedir o milagre de saber conviver com ele. Ainda estou convencido de que o pior dos sofrimentos, nesta vida, é o sofrimento de não saber sofrer.
Quantas vezes você pediu para que o Senhor nos tirasse o sofrimento? Nós não temos como mudar isso. Quando o sofrer bater à sua porta, é melhor abri-la. Se não a abrir, ele vai ficar insistindo. Temos medo de abrir a porta para o desconhecido.
Não podemos negar a realidade por pior que ela pareça. Ela está à nossa frente e precisamos fazer alguma coisa. Por que nós sofremos, então? Porque há, em nós, o conceito de limite. Desde criança nós testamos nosso limite e sofremos por esbarrar nas limitações que nos são estabelecidas.
Nós nascemos porque o organismo de nossa mãe nos expulsou, não agüentava mais, foi porque a relação entre eles (o bebê e a mãe) chegou ao limite. Quando nascemos, a primeira coisa que fazemos é chorar para dizer que estamos no mundo. O organismo da mãe expulsa o filho por amor; e começamos nosso processo humano do sofrimento. Por isso que o ser humano não está pronto, porque precisa superar o próprio limite.
Você sabe que está doente pela dor; se está doendo, é porque ele está pedindo ajuda. Quantas vezes negligenciamos a dor do nosso corpo por não aceitar o nosso limite! O sofrimento físico é um grito de alerta para prestarmos atenção naquilo que não vai bem.
Quando existe algo que dói dentro de nós, mas os exames não acusam, temos a sensação de que a vida não tem mais graça. É a contração da vida; são os limites da alma.
Quais são os grandes sofrimentos que você identifica nos últimos tempos e que são capazes de deixá-lo infeliz? Esses são nossos limites. Se uma criança encara o nascimento como o fim, então ela já morre. Se ela encara, naquela contração, como um mundo diferente a desbravar, uma nova experiência, então ela supera o limite do nascimento.
Sofrimento é porta, mas se não atravesso essa porta, nunca vou chegar a saber o que ela vai me falar. Não aceito o desafio de passar pelo caminho estreito e mais difícil. As pessoas têm medo de atravessar a porta e ficam chorando e chorando; não vai em frente.
O que você está fazendo para mudar? Você fica olhando para a porta e não a atravessa. Temos de ser capazes de olhar os nossos limites e saber que quem manda neles somos nós. Somos nós quem administramos os nossos problemas.
Não seja um aborto humano. Muitas pessoas são abortadas da vida, porque não são capazes de entender que chegou a hora de 'sair'. Nunca estaremos prontos; experimentamos, na carne, os nossos desejos e vemos a vida passar. Por isso temos que desejar coisas maiores, para sempre termos desafios, pois é isso o que nos faz sobreviver.
Não quero que Deus retire o sofrimento de sua vida, mas que Ele o modifique em seu jeito de olhar para os problemas. Não há mágica de transformar pessoas. O sofrimento é o momento em que nos purificamos; o momento em que você foi mais infeliz, é o momento no qual você mais cresceu. Aceitar o limite é a melhor forma de acolher o sofrimento e superá-lo.
O maior milagre operado é quando Deus muda nosso jeito de pensar; o milagre da Palavra transformadora. Não adianta estar curado no corpo, se não estamos curados na alma para interpretar a vida que vem depois. Estamos, o tempo todo, pedindo para que Deus tire nosso sofrimento, mas, hoje, tenha a coragem de pedir para que o Senhor nos ajude a ver diferente o nosso sofrimento. Deus nos toca naquilo que nos modifica, não podemos tirar o sofrimento do nosso coração, mas o Pai vai nos fazer interpretar a vida de um jeito novo e saber que, esse sofrimento, não é o fim, mas o início de uma vida nova.
Vamos sofrer a dor do nascimento; mas felizes, pois Deus tem um lugar para nós.
O sofrer figura como uma realidade das mais decorrentes, pois é causa de muito dizer, pensar e refletir. No sofrimento de Jesus, a angústia suprema que O abate é revelada a nós. Ele, por ser Filho de Deus, sofreu; isso é para nos identificar que a cruz não é uma representação nem um teatro, pois Ele não estava representando, mas vivendo na realidade humana por escolha da dura realidade, da conseqüência do Seu viver. Naquele momento, Ele estava com medo.
Temos o direito de chorar e dizer que estamos com medo, porque o peso da vida está sobre nós. Tornamo-nos diferenciado por que nos tornamos humanos demais. Nós ainda não encontramos maquiagem que maqueie nossa dor. O sofrimento é humano, real e concreto. Jesus pede ao Pai : “Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua” . Ele sabia que este momento era uma transição e precisava de Deus para vencer a batalha. Nem o Filho de Deus escapou do sofrimento. Não podemos mudar o sofrimento, mas podemos pedir o milagre de saber conviver com ele. Ainda estou convencido de que o pior dos sofrimentos, nesta vida, é o sofrimento de não saber sofrer.
Quantas vezes você pediu para que o Senhor nos tirasse o sofrimento? Nós não temos como mudar isso. Quando o sofrer bater à sua porta, é melhor abri-la. Se não a abrir, ele vai ficar insistindo. Temos medo de abrir a porta para o desconhecido.
Não podemos negar a realidade por pior que ela pareça. Ela está à nossa frente e precisamos fazer alguma coisa. Por que nós sofremos, então? Porque há, em nós, o conceito de limite. Desde criança nós testamos nosso limite e sofremos por esbarrar nas limitações que nos são estabelecidas.
Nós nascemos porque o organismo de nossa mãe nos expulsou, não agüentava mais, foi porque a relação entre eles (o bebê e a mãe) chegou ao limite. Quando nascemos, a primeira coisa que fazemos é chorar para dizer que estamos no mundo. O organismo da mãe expulsa o filho por amor; e começamos nosso processo humano do sofrimento. Por isso que o ser humano não está pronto, porque precisa superar o próprio limite.
Você sabe que está doente pela dor; se está doendo, é porque ele está pedindo ajuda. Quantas vezes negligenciamos a dor do nosso corpo por não aceitar o nosso limite! O sofrimento físico é um grito de alerta para prestarmos atenção naquilo que não vai bem.
Quando existe algo que dói dentro de nós, mas os exames não acusam, temos a sensação de que a vida não tem mais graça. É a contração da vida; são os limites da alma.
Quais são os grandes sofrimentos que você identifica nos últimos tempos e que são capazes de deixá-lo infeliz? Esses são nossos limites. Se uma criança encara o nascimento como o fim, então ela já morre. Se ela encara, naquela contração, como um mundo diferente a desbravar, uma nova experiência, então ela supera o limite do nascimento.
Foto: Wilson Martins
"O pior dos sofrimentos, nesta vida, é o sofrimento de não saber sofrer"
"O pior dos sofrimentos, nesta vida, é o sofrimento de não saber sofrer"
Sofrimento é porta, mas se não atravesso essa porta, nunca vou chegar a saber o que ela vai me falar. Não aceito o desafio de passar pelo caminho estreito e mais difícil. As pessoas têm medo de atravessar a porta e ficam chorando e chorando; não vai em frente.
O que você está fazendo para mudar? Você fica olhando para a porta e não a atravessa. Temos de ser capazes de olhar os nossos limites e saber que quem manda neles somos nós. Somos nós quem administramos os nossos problemas.
Não seja um aborto humano. Muitas pessoas são abortadas da vida, porque não são capazes de entender que chegou a hora de 'sair'. Nunca estaremos prontos; experimentamos, na carne, os nossos desejos e vemos a vida passar. Por isso temos que desejar coisas maiores, para sempre termos desafios, pois é isso o que nos faz sobreviver.
Não quero que Deus retire o sofrimento de sua vida, mas que Ele o modifique em seu jeito de olhar para os problemas. Não há mágica de transformar pessoas. O sofrimento é o momento em que nos purificamos; o momento em que você foi mais infeliz, é o momento no qual você mais cresceu. Aceitar o limite é a melhor forma de acolher o sofrimento e superá-lo.
O maior milagre operado é quando Deus muda nosso jeito de pensar; o milagre da Palavra transformadora. Não adianta estar curado no corpo, se não estamos curados na alma para interpretar a vida que vem depois. Estamos, o tempo todo, pedindo para que Deus tire nosso sofrimento, mas, hoje, tenha a coragem de pedir para que o Senhor nos ajude a ver diferente o nosso sofrimento. Deus nos toca naquilo que nos modifica, não podemos tirar o sofrimento do nosso coração, mas o Pai vai nos fazer interpretar a vida de um jeito novo e saber que, esse sofrimento, não é o fim, mas o início de uma vida nova.
Vamos sofrer a dor do nascimento; mas felizes, pois Deus tem um lugar para nós.
Fonte : Site Canção Nova