Páginas

Informativo importante => Havia um link maldoso que direcionava o Blog para outro site, e há tempos estou tentando resolver. Consegui!!! Está de volta!!!! ★
Mostrando postagens com marcador reportagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador reportagem. Mostrar todas as postagens

sábado, 24 de abril de 2010

Um diálogo sobre a vida e a filosofia - Reportagem Revista Época

Um diálogo sobre a vida e a filosofia
Gabriel Chalita e o padre Fábio de Melo reabilitaram a epístola. Seus livros de cartas que enviaram um para o outro são bestsellers
Redação Época


PARCERIA

O escritor Gabriel Chalita (à esq. na foto) e o padre Fábio de Melo reabilitaram um gênero literário esquecido: a epístola. Seus livros de cartas são campeões de venda

A troca de cartas foi aparentemente esquecida desde o advento da internet e do e-mail. A correspondência virtual imprimiu aos nossos tempos um estilo de comunicação seco e direto, sem a intimidade característica das cartas outrora escritas à mão. Não há, porém, nada num e-mail que o impeça de resgatar esse tom epistolar. É precisamente esse o maior recado do segundo livro da dupla formada pelo escritor Gabriel Chalita e pelo padre, cantor e compositor Fábio de Melo. O volume Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder (Editora Globo, 225 páginas, R$ 39,90) reúne a correspondência virtual trocada pelos dois entre setembro de 2009 e fevereiro deste ano. As 18 cartas – ou e-mails – versam sobre suas inquietações a respeito de conceitos como vitória e derrota e traduzem visões singulares de vida e filosofia. Seu tom sincero e genuíno renova um gênero literário quase esquecido: a epístola (leia abaixo os trechos selecionados das cartas) .

No primeiro livro da dupla, Sobre medos contemporâneos (lançado no ano passado pela Ediouro), Chalita e o padre Fábio escreveram sobre solidão, fracasso, inveja, envelhecimento. Foi um dos cinco livros mais vendidos de 2009. “No novo livro procuramos discutir o significado do conceito de ganhar e perder”, diz Chalita. “As pessoas se sentem derrotadas por coisas tão simples, como ir mal numa prova, perder o emprego, problemas amorosos.”

Não há registro no livro de local ou de data de cada uma das 18 cartas trocadas. “Os assuntos de que tratamos ali são atemporais”, afirma Chalita. Aos 41 anos, formado em Direito e filosofia, Chalita é professor de graduação e pós-graduação da PUC-SP e da Universidade Mackenzie, membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Educação. Em 2008, foi o vereador mais votado nas eleições municipais paulistanas, com 102 mil votos. Já lançou 50 obras – o primeiro título quando tinha 11 anos: uma carta dirigida a Deus, perguntando por que seu irmão, com síndrome de Down, não se curava.

O padre Fábio de Melo, de 39 anos, é formado em filosofia e teologia. Já lançou crônicas, contos e ensaios filosóficos. É referência hoje no universo da música cristã. Seus 12 CDs ultrapassaram a marca de 2 milhões de cópias vendidas e transformaram-no em ídolo popular.

Chalita conheceu padre Fábio há seis anos no programa de entrevistas que apresenta na rede Canção Nova, ligado ao movimento católico conhecido como Renovação Carismática. A afinidade dos dois em filosofia e literatura conduziu à amizade e à intensa troca de e-mails sobre temas contemporâneos. “A gente não discutia nada previamente ou decidia sobre o que trataríamos em nossos e-mails”, diz Chalita. “Não houve pesquisa de nenhum dos lados. Escrevemos sobre as experiências que estávamos vivendo.”

No novo volume, intitulado ao estilo dos filósofos clássicos como Sobre ganhar e perder, Chalita inicia uma carta contando “os horrores praticados na Tanzânia contra os albinos”, história relatada por uma jurista num congresso de direitos humanos. Por lá, há uma superstição: os albinos são vítimas de rituais de mandinga e sacrificados. Muitos tanzanianos acreditam que o sangue ainda quente dos albinos traz sorte. Vencer, para os feiticeiros da Tanzânia, é realizar a proeza de matar albinos e sorver-lhes o sangue ainda quente. Na resposta de padre Fábio, ele destaca o entendimento equivocado do conceito: “É lamentável que nos dias de hoje ainda tenhamos de admitir tamanho absurdo. O fato nos leva a compreender que, em muitos lugares do mundo, o respeito ao ser humano ainda não aconteceu. Ele ainda está condicionado a fatores culturais”.
O diálogo mantido ao longo do livro é comparado pelo padre Fábio aos debates na ágora, praça das antigas cidades gregas onde era realizada a troca de mercadorias e de ideias. À maneira dos filósofos gregos, ele se debruça sobre o que define como “a filosofia do cotidiano, a reflexão nossa de cada dia”.
Além do tom intimista, outro recurso usado pelos missivistas para aproximar essa filosofia do leitor é citar poemas, romances, estudos e filmes. A vida dos outros, longa-metragem alemão, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2007, é lembrado por Chalita como exemplo do interesse que as relações humanas despertam. No filme, um espião da Stasi, a polícia secreta do governo alemão oriental, se sente tocado pelo drama vivido pelo casal que espionava e, anonimamente, acaba por ajudá-lo. Chalita cita ainda A era dos direitos, do filósofo italiano Norberto Bobbio, como exemplo da importância do estado de direito, da democracia, da paz e de valores humanos: o aprendizado com as diferenças e o amor.

Em Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder, assim como em Sobre medos contemporâneos, Chalita e padre Fábio procuram promover uma reflexão sobre as relações humanas e tudo o que as envolve: sentimentos, pensamentos e atitudes. Padre Fábio relembra os dizeres bíblicos e compara a boa palavra ao bom alimento, ambos necessários a uma vida saudável. “Uma boa reflexão pode mudar o rumo de uma vida”, diz ele. “As pessoas erram muito porque refletem pouco.” As palavras trocadas pela dupla revelam como o e-mail pode ser um gênero de comunicação enriquecedor.




Trechos de uma carta de Gabriel Chalita

“Querido irmão padre Fábio,Depois de alguma pausa, voltemos à nossa prosa. No fluxo de nossa vivência, vamos aquinhoando experiências. Nossos olhares são capazes de reter considerações que vão moldando o que somos. A imagem surge como os sentidos captando impressões. Depois dela, vem o conceito. O conceito é o que permanece quando a imagem se esvai. É como o conhecimento que fica com o avançar da aprendizagem. Lançamos mão de excessos para que a viagem fique mais leve ou para que o compartimento dos nossos sentidos receba outros companheiros. O bom conceito é aquele que traz a companhia da bondade, da gentileza, do respeito, entre outros avidamente esperados. Esperamos como necessidade vital. Esperamos o amanhecer. Esperamos o entardecer. Esperamos a demorada cicatrização da incômoda ferida. Esperamos um amor. Esperamos compreensão. Compreensão apenas, amigo. Guimarães Rosa dizia que ‘esperar é reconhecer-se incompleto’ ”

“Querido amigo, Este é um ensinamento fundamental: não permitir que a nossa vida caia no banal. Ler Dostoiévski, Tolstói, ou ouvir as histórias de Rosa, ou de dona Ana, ou de dona Anisse; beber em Padre Vieira, ou em mulheres e homens que nas praças e nas esquinas oferecem o paladar apurado pelo tempo; tudo isso nos tira do banal e nos empresta ornamentos para nossa travessia. Amigo, quando escrevo para você, escrevo para mim também. O verbo vai ganhando autonomia. As palavras são desafiadoras. Fico pensando se de fato eu paro, nem que seja em algumas janelas, para contemplar as vidas que se escondem por detrás dos véus das cortinas ”

Trechos de uma carta de Fábio de Melo
“Meu querido Gabriel,Há discursos extensos que não nos presenteiam com palavra alguma. É a fala infértil, prolixa, redundante. Não agrega absolutamente nada ao que somos, mas ao contrário é capaz de nos retirar a alegria e a disposição. Neste mundo em que vivemos, é muito comum nos depararmos com discursos assim. Mas há outros que são ricos de palavras geradoras. São construídos a partir de uma visão holística da realidade, capaz de abarcar inúmeros aspectos numa mesma trama de palavras. É o discurso que não abre mão da sensibilidade, que realiza a proeza de colocar na mesma pauta razão e emoção. Meu amigo, sua carta é um celeiro de palavras geradoras. Seu olhar sobre o mundo é profundo e respeitoso. A raiz de tudo isso é o amor que você tem pela humanidade. Não é possível refletir as questões fundamentais da comunidade humana sem que por ela existam amor e respeito ”

“Meu amigo Gabriel,sua carta me proporcionou uma pequena viagem literária. Foi interessante reencontrar o contexto profundo dos personagens de Machado, atado à retórica eloquente de padre Vieira. De um lado está o escritor que não temeu descrever as mazelas humanas. A escrita vigorosa de Machado colocou à luz o subterrâneo da condição humana. De outro, está o homem que cresceu sob a luz esperançosa da fé cristã. O que por Machado foi revelado com perspicácia e ironia, por ele foi refletido a partir de rebuscadas teologias. A condição frágil e inacabada do ser humano encontra redenção no Evangelho que padre Vieira anuncia"

Fonte: Reportagem Revista Época

Um diálogo sobre a vida e a filosofia - Reportagem Revista Época

Um diálogo sobre a vida e a filosofia
Gabriel Chalita e o padre Fábio de Melo reabilitaram a epístola. Seus livros de cartas que enviaram um para o outro são bestsellers
Redação Época


PARCERIA

O escritor Gabriel Chalita (à esq. na foto) e o padre Fábio de Melo reabilitaram um gênero literário esquecido: a epístola. Seus livros de cartas são campeões de venda

A troca de cartas foi aparentemente esquecida desde o advento da internet e do e-mail. A correspondência virtual imprimiu aos nossos tempos um estilo de comunicação seco e direto, sem a intimidade característica das cartas outrora escritas à mão. Não há, porém, nada num e-mail que o impeça de resgatar esse tom epistolar. É precisamente esse o maior recado do segundo livro da dupla formada pelo escritor Gabriel Chalita e pelo padre, cantor e compositor Fábio de Melo. O volume Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder (Editora Globo, 225 páginas, R$ 39,90) reúne a correspondência virtual trocada pelos dois entre setembro de 2009 e fevereiro deste ano. As 18 cartas – ou e-mails – versam sobre suas inquietações a respeito de conceitos como vitória e derrota e traduzem visões singulares de vida e filosofia. Seu tom sincero e genuíno renova um gênero literário quase esquecido: a epístola (leia abaixo os trechos selecionados das cartas) .

No primeiro livro da dupla, Sobre medos contemporâneos (lançado no ano passado pela Ediouro), Chalita e o padre Fábio escreveram sobre solidão, fracasso, inveja, envelhecimento. Foi um dos cinco livros mais vendidos de 2009. “No novo livro procuramos discutir o significado do conceito de ganhar e perder”, diz Chalita. “As pessoas se sentem derrotadas por coisas tão simples, como ir mal numa prova, perder o emprego, problemas amorosos.”

Não há registro no livro de local ou de data de cada uma das 18 cartas trocadas. “Os assuntos de que tratamos ali são atemporais”, afirma Chalita. Aos 41 anos, formado em Direito e filosofia, Chalita é professor de graduação e pós-graduação da PUC-SP e da Universidade Mackenzie, membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Educação. Em 2008, foi o vereador mais votado nas eleições municipais paulistanas, com 102 mil votos. Já lançou 50 obras – o primeiro título quando tinha 11 anos: uma carta dirigida a Deus, perguntando por que seu irmão, com síndrome de Down, não se curava.

O padre Fábio de Melo, de 39 anos, é formado em filosofia e teologia. Já lançou crônicas, contos e ensaios filosóficos. É referência hoje no universo da música cristã. Seus 12 CDs ultrapassaram a marca de 2 milhões de cópias vendidas e transformaram-no em ídolo popular.

Chalita conheceu padre Fábio há seis anos no programa de entrevistas que apresenta na rede Canção Nova, ligado ao movimento católico conhecido como Renovação Carismática. A afinidade dos dois em filosofia e literatura conduziu à amizade e à intensa troca de e-mails sobre temas contemporâneos. “A gente não discutia nada previamente ou decidia sobre o que trataríamos em nossos e-mails”, diz Chalita. “Não houve pesquisa de nenhum dos lados. Escrevemos sobre as experiências que estávamos vivendo.”

No novo volume, intitulado ao estilo dos filósofos clássicos como Sobre ganhar e perder, Chalita inicia uma carta contando “os horrores praticados na Tanzânia contra os albinos”, história relatada por uma jurista num congresso de direitos humanos. Por lá, há uma superstição: os albinos são vítimas de rituais de mandinga e sacrificados. Muitos tanzanianos acreditam que o sangue ainda quente dos albinos traz sorte. Vencer, para os feiticeiros da Tanzânia, é realizar a proeza de matar albinos e sorver-lhes o sangue ainda quente. Na resposta de padre Fábio, ele destaca o entendimento equivocado do conceito: “É lamentável que nos dias de hoje ainda tenhamos de admitir tamanho absurdo. O fato nos leva a compreender que, em muitos lugares do mundo, o respeito ao ser humano ainda não aconteceu. Ele ainda está condicionado a fatores culturais”.
O diálogo mantido ao longo do livro é comparado pelo padre Fábio aos debates na ágora, praça das antigas cidades gregas onde era realizada a troca de mercadorias e de ideias. À maneira dos filósofos gregos, ele se debruça sobre o que define como “a filosofia do cotidiano, a reflexão nossa de cada dia”.
Além do tom intimista, outro recurso usado pelos missivistas para aproximar essa filosofia do leitor é citar poemas, romances, estudos e filmes. A vida dos outros, longa-metragem alemão, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2007, é lembrado por Chalita como exemplo do interesse que as relações humanas despertam. No filme, um espião da Stasi, a polícia secreta do governo alemão oriental, se sente tocado pelo drama vivido pelo casal que espionava e, anonimamente, acaba por ajudá-lo. Chalita cita ainda A era dos direitos, do filósofo italiano Norberto Bobbio, como exemplo da importância do estado de direito, da democracia, da paz e de valores humanos: o aprendizado com as diferenças e o amor.

Em Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder, assim como em Sobre medos contemporâneos, Chalita e padre Fábio procuram promover uma reflexão sobre as relações humanas e tudo o que as envolve: sentimentos, pensamentos e atitudes. Padre Fábio relembra os dizeres bíblicos e compara a boa palavra ao bom alimento, ambos necessários a uma vida saudável. “Uma boa reflexão pode mudar o rumo de uma vida”, diz ele. “As pessoas erram muito porque refletem pouco.” As palavras trocadas pela dupla revelam como o e-mail pode ser um gênero de comunicação enriquecedor.




Trechos de uma carta de Gabriel Chalita

“Querido irmão padre Fábio,Depois de alguma pausa, voltemos à nossa prosa. No fluxo de nossa vivência, vamos aquinhoando experiências. Nossos olhares são capazes de reter considerações que vão moldando o que somos. A imagem surge como os sentidos captando impressões. Depois dela, vem o conceito. O conceito é o que permanece quando a imagem se esvai. É como o conhecimento que fica com o avançar da aprendizagem. Lançamos mão de excessos para que a viagem fique mais leve ou para que o compartimento dos nossos sentidos receba outros companheiros. O bom conceito é aquele que traz a companhia da bondade, da gentileza, do respeito, entre outros avidamente esperados. Esperamos como necessidade vital. Esperamos o amanhecer. Esperamos o entardecer. Esperamos a demorada cicatrização da incômoda ferida. Esperamos um amor. Esperamos compreensão. Compreensão apenas, amigo. Guimarães Rosa dizia que ‘esperar é reconhecer-se incompleto’ ”

“Querido amigo, Este é um ensinamento fundamental: não permitir que a nossa vida caia no banal. Ler Dostoiévski, Tolstói, ou ouvir as histórias de Rosa, ou de dona Ana, ou de dona Anisse; beber em Padre Vieira, ou em mulheres e homens que nas praças e nas esquinas oferecem o paladar apurado pelo tempo; tudo isso nos tira do banal e nos empresta ornamentos para nossa travessia. Amigo, quando escrevo para você, escrevo para mim também. O verbo vai ganhando autonomia. As palavras são desafiadoras. Fico pensando se de fato eu paro, nem que seja em algumas janelas, para contemplar as vidas que se escondem por detrás dos véus das cortinas ”

Trechos de uma carta de Fábio de Melo
“Meu querido Gabriel,Há discursos extensos que não nos presenteiam com palavra alguma. É a fala infértil, prolixa, redundante. Não agrega absolutamente nada ao que somos, mas ao contrário é capaz de nos retirar a alegria e a disposição. Neste mundo em que vivemos, é muito comum nos depararmos com discursos assim. Mas há outros que são ricos de palavras geradoras. São construídos a partir de uma visão holística da realidade, capaz de abarcar inúmeros aspectos numa mesma trama de palavras. É o discurso que não abre mão da sensibilidade, que realiza a proeza de colocar na mesma pauta razão e emoção. Meu amigo, sua carta é um celeiro de palavras geradoras. Seu olhar sobre o mundo é profundo e respeitoso. A raiz de tudo isso é o amor que você tem pela humanidade. Não é possível refletir as questões fundamentais da comunidade humana sem que por ela existam amor e respeito ”

“Meu amigo Gabriel,sua carta me proporcionou uma pequena viagem literária. Foi interessante reencontrar o contexto profundo dos personagens de Machado, atado à retórica eloquente de padre Vieira. De um lado está o escritor que não temeu descrever as mazelas humanas. A escrita vigorosa de Machado colocou à luz o subterrâneo da condição humana. De outro, está o homem que cresceu sob a luz esperançosa da fé cristã. O que por Machado foi revelado com perspicácia e ironia, por ele foi refletido a partir de rebuscadas teologias. A condição frágil e inacabada do ser humano encontra redenção no Evangelho que padre Vieira anuncia"

Fonte: Reportagem Revista Época

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Revista Tal estará lançando em breve, uma edição especial com o Pe. Fábio de Melo.

A Revista Tal estará lançando em breve, uma edição especial com o Pe. Fábio de Melo.

A edição trará fotos exclusivas da infância dele, além de uma seleção dos melhores momentos do Pe. Fábio de Melo em 2008 e 2009.

E ainda, com exclusividade, contará os detalhes sobre o seu novo livro “Mulheres cheias de graça” e sobre o lançamento do novo CD pela Som Livre.


Clique aqui para adquirir o seu exemplar:

Visite o blog da Revista Tal:


Em todas as edições há uma coluna especial escrita pelo Pe. Fábio.

A Revista Tal estará lançando em breve, uma edição especial com o Pe. Fábio de Melo.

A Revista Tal estará lançando em breve, uma edição especial com o Pe. Fábio de Melo.

A edição trará fotos exclusivas da infância dele, além de uma seleção dos melhores momentos do Pe. Fábio de Melo em 2008 e 2009.

E ainda, com exclusividade, contará os detalhes sobre o seu novo livro “Mulheres cheias de graça” e sobre o lançamento do novo CD pela Som Livre.


Clique aqui para adquirir o seu exemplar:

Visite o blog da Revista Tal:


Em todas as edições há uma coluna especial escrita pelo Pe. Fábio.

sábado, 23 de maio de 2009

Padre Fábio de Melo, campeão de vendas de CDs em 2008

Padre Fábio de Melo, campeão de vendas de CDs em 2008,
Compositor e autor de quatro livros, ele se apresenta no Rio e em SP.

Fonte: Site Globo.com
21/05/09 Atualizado em 21/05/09 - 09h26
Do G1, em São Paulo



O Padre Fábio de Melo vem ganhando espaço desde que chegou ao topo da lista de discos mais vendidos de 2008. Seu álbum "Vida", lançado no ano passado, já passou das 620 mil cópias vendidas.

A mais nova empreitada musical de Fábio de Melo chama-se "Eu e o tempo", CD e DVD que já ocupa a primeira posição, com 250 mil cópias vendidas cada um. A partir desta quinta-feira (21), ele retorna ao Canecão, casa onde gravou o novo trabalho, em janeiro, para o lançamento em uma temporada que vai até domingo (24). Depois, ele desembarca na capital paulista para três shows no Credicard Hall, dias 5, 6 e 7 de junho. Os ingressos estão à venda.

Ordenado em 2001 na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (congregação do Pe. Zezinho, precursor dos padres cantores na década de 60), Fábio de Melo, que atua na Diocese de Taubaté, em São Paulo, tem um currículo extenso. Aos 37 anos, ele é autor de quatro livros, professor universitário graduado em Filosofia e Teologia, pós-graduado em Educação e em Teologia Sistemática, além de cantor e compositor.

“Tudo nasceu do meu desejo de ser padre. Nunca pensei que minhas possibilidades seriam tantas. Foram 19 anos de preparação, e diante de tudo o que estudei, descobri algumas formas de aplicar o conteúdo de minha preparação acadêmica com a minha fé. Gosto de dizer que o essencial de minha vida é ser padre. O resto é desdobramento”, analisa o sacerdote, que é natural da cidade de Formiga, em Minas Gerais, em texto de divulgação do CD.

“Vida” é o 11° CD da carreira de Pe. Fábio e o primeiro pela LGK Music. No repertório, há clássicos do cancioneiro cristão, e ainda versões de “O caderno”, de Toquinho, e “Pai”, de Fábio Junior.

O show é dividido em quadros, que representam os tempos litúrgicos: Pentecostes, Advento, Epifania, Quaresma e Páscoa. Dentro da cada um, foram adequadas canções pinçadas ao longo de sua carreira e, prioritariamente, do CD “Vida”.

Entre as músicas que compõem o repertório estão “As estações da Vida”, “Ruah, um sopro de vida”, “Vida”, “Tudo é do Pai”, “Mais perto”, “Eu espero”, “Tudo posso”, "Todo homem é bom”, “Cântico das criaturas”, “Cara de família”, “Deus é Pai”, “O caderno”, entre outras.


Padre Fábio de Melo no Rio de Janeiro
Onde: Canecão, Av. Venceslau Brás, 215, tel. (21) 2105-2000
Quando: quinta (21), às 21h30;
sex. e sáb., às 22h;
dom., às 20h30

Padre Fábio de Melo em São Paulo
Quando: sexta (5) e sábado (5), às 22h; dom., às 20h
Onde: Credicard Hall, Av. das Nações Unidas, 17.955, tel. (11) 2846-6010

Padre Fábio de Melo, campeão de vendas de CDs em 2008

Padre Fábio de Melo, campeão de vendas de CDs em 2008,
Compositor e autor de quatro livros, ele se apresenta no Rio e em SP.

Fonte: Site Globo.com
21/05/09 Atualizado em 21/05/09 - 09h26
Do G1, em São Paulo



O Padre Fábio de Melo vem ganhando espaço desde que chegou ao topo da lista de discos mais vendidos de 2008. Seu álbum "Vida", lançado no ano passado, já passou das 620 mil cópias vendidas.

A mais nova empreitada musical de Fábio de Melo chama-se "Eu e o tempo", CD e DVD que já ocupa a primeira posição, com 250 mil cópias vendidas cada um. A partir desta quinta-feira (21), ele retorna ao Canecão, casa onde gravou o novo trabalho, em janeiro, para o lançamento em uma temporada que vai até domingo (24). Depois, ele desembarca na capital paulista para três shows no Credicard Hall, dias 5, 6 e 7 de junho. Os ingressos estão à venda.

Ordenado em 2001 na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (congregação do Pe. Zezinho, precursor dos padres cantores na década de 60), Fábio de Melo, que atua na Diocese de Taubaté, em São Paulo, tem um currículo extenso. Aos 37 anos, ele é autor de quatro livros, professor universitário graduado em Filosofia e Teologia, pós-graduado em Educação e em Teologia Sistemática, além de cantor e compositor.

“Tudo nasceu do meu desejo de ser padre. Nunca pensei que minhas possibilidades seriam tantas. Foram 19 anos de preparação, e diante de tudo o que estudei, descobri algumas formas de aplicar o conteúdo de minha preparação acadêmica com a minha fé. Gosto de dizer que o essencial de minha vida é ser padre. O resto é desdobramento”, analisa o sacerdote, que é natural da cidade de Formiga, em Minas Gerais, em texto de divulgação do CD.

“Vida” é o 11° CD da carreira de Pe. Fábio e o primeiro pela LGK Music. No repertório, há clássicos do cancioneiro cristão, e ainda versões de “O caderno”, de Toquinho, e “Pai”, de Fábio Junior.

O show é dividido em quadros, que representam os tempos litúrgicos: Pentecostes, Advento, Epifania, Quaresma e Páscoa. Dentro da cada um, foram adequadas canções pinçadas ao longo de sua carreira e, prioritariamente, do CD “Vida”.

Entre as músicas que compõem o repertório estão “As estações da Vida”, “Ruah, um sopro de vida”, “Vida”, “Tudo é do Pai”, “Mais perto”, “Eu espero”, “Tudo posso”, "Todo homem é bom”, “Cântico das criaturas”, “Cara de família”, “Deus é Pai”, “O caderno”, entre outras.


Padre Fábio de Melo no Rio de Janeiro
Onde: Canecão, Av. Venceslau Brás, 215, tel. (21) 2105-2000
Quando: quinta (21), às 21h30;
sex. e sáb., às 22h;
dom., às 20h30

Padre Fábio de Melo em São Paulo
Quando: sexta (5) e sábado (5), às 22h; dom., às 20h
Onde: Credicard Hall, Av. das Nações Unidas, 17.955, tel. (11) 2846-6010

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Guardador de almas - Reportagem publicada pela Revista Século XXX

O Guardador de almas
Por Ana Flavia Barreto

Padre Fabio chega ao palco em passos leves e a platéia lhe sorri emoções. Os primeiros acordes soam “Tudo é do Pai”, com muita graça e um brilho insistente dos músicos.
As músicas, que são em maioria composições do Padre, mexem com o interior das pessoas e as faz sentir-se abraçadas. Ele traduz sentimentos e o público, em resposta, chove alegrias. Então, o próximo passo é aquietar o coração para ouvi-lo dividir saudades, compartilhar histórias sobre a sua família e amigos.
São cerca de três mil pessoas ocupando o Empório Brasil, em Cianorte (PR), que deslizam em uníssono nas melodias entoadas pela voz aveludada de um trovador moderno, arquiteto da alma, um artista que põe doçura em cada coisa que faz.
Em meio a tanta gente, consegue capturar os olhares que estão em busca de algo que os toque.Considera que seu público é de uma grande riqueza: “Nós temos hoje aqui dentro evangélicos, céticos, católicos, todos em torno da bondade dos que querem fazer uma experiência positiva de Deus”. Cada um ali presente tem sua razão, mas é o encontro com Deus que está estabelecido. “Já que você me reconheceu então conheça meu Deus, é o que venho apresentar”, ele afirma.
Uma curiosidade: nesse show compareceram pessoas até do Paraguai, com direito a entregar uma bandeira do país a ele no palco, que ele exibiu durante uma música. Todos aplaudiram e ele “gastou” seu espanhol em um sorridente “muchas gracias”.
O Padre é enfático e se chateia com publicações que têm ofendido sua platéia: “Eu fico muito triste, sobretudo quando desrespeita o público, quando uma reportagem afirma que as mulheres que vão aos meus shows são um bando de histéricas, isso não é verdade. É gente honesta, com fé, em processo de crescimento. Gente que realmente faz uma experiência de Deus, no qual fazemos parte. Falar mal de mim é até natural, mas falar do público tem me deixado aborrecido”.
Natural de Formiga, MG, Fabio de Melo entrou no seminário aos 16 anos, é graduado em Teologia na PUC-Rio, em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque, SC, pós-graduado em Educação na Universidade Salgado de Oliveira, Rio de Janeiro e mestre em Teologia sistemática pelo Instituto Santo Inácio de Loyola, Belo Horizonte, MG.
Escreveu cinco livros - prosa poética a escapar de seus dedos. Tem 11 CDs com canções religiosas e não religiosas, e o DVD Eu e o Tempo, gravado em janeiro deste ano no Canecão, no Rio de Janeiro.
Seu mais recente CD - VIDA - (disco de platina triplo, cerca de 600 mil cópias vendidas), se deu pela parceria LGK/ Sony Music, que contribuiu para novas possibilidades em seu trabalho evangelístico.
“Primeiro detalhe que modificou foi a forma de divulgar. Até então eu estava em uma mídia católica que não ousava muito na divulgação como esta. E depois a qualificação mesmo, o profissionalismo que a gente pode assumir por causa da infra-estrutura que o próprio evento foi tendo. A partir desse momento, tivemos oportunidades de fazer essa evangelização acontecer com um pouco mais de estrutura. No mais, continuo do mesmo jeito, vivendo da mesma forma, com uma responsabilidade a mais: quanto mais a gente fica público maior é a necessidade de reconhecer o que torna público. Fiquei conhecido porque sou padre e faço um trabalho de evangelização que hoje é diferente”, observa.
Já recebeu críticas positivas e respeitosas, mas ainda é vítima de polêmicas de uma mídia que não deixa de inventar opinião e ainda tanto questiona o fato de ele se apresentar sem batina em seus shows. “Não sou um aventureiro. Não comecei esse trabalho com a música ano passado”, adverte.
Ele tem alma leve e olhos de menino, que aprendeu a encontrar graça no simples ato de ir comprar pão, ver poesia onde ninguém imaginaria poder existir e transformar lugares: novos olhos para a mesma paisagem. “Tudo depende da conversão do olhar. Eu enxergo o mesmo muro todos os dias, mas há momentos em que eu vejo a poesia que há nele. Eu acho que essa conversão é importante. É trabalhar a sensibilidade”, conta.
Ele alerta para novas percepções, nos deixa “significando”, e é bonito aprender os novos sabores da vida, as novas maneiras de sorrir e abraçar, a melodia quando o beija-flor beija e uma abelha que pousa na flor. Uma nova religião, que a todo tempo floresce e renova-se em nós. “O que é o processo religioso? É o despertar da sensibilidade para olhar a vida de todo dia. Não tem nada de extraordinário acontecendo em nossa vida, mas tudo isso é sinal de Deus. E é bonito demais você perceber que, na descoberta da humanidade descobre-se também o que é divino e que não existe uma separação para isso”, revela.

Padre Fabio tem “estrela na testa” e soube fazer dela um Sol: iluminado por Deus, contribui para aquecer e confortar com sabedoria na hora da dor; e fazer raiar aquele coração que carregava vazio, silêncio e sombra. Lindo é ele falar de amor! Da maior lição que Jesus deixou e que devemos praticá-la em todos os momentos de nossas vidas.E quando fica difícil amar, o Padre Fabio carrega assim consigo sutileza, carisma e paciência pra explicar, e partilha um pouco de suas reflexões também em seu site (www.fabiodemelo.com.br). Lá ele escreve bonito dentro da gente. Uma obra não para lhe dizer parabéns, mas sim: muito obrigada!
Tem seus livros na lista dos mais vendidos do país. Letras que alcançam as estrelas e por fim nos ilumina - no sentido mais luz da palavra. E para completar, vem com sua sábia Direção Espiritual, o programa semanal ao vivo que vai ao ar pela Canção Nova, em que cada vez mais a Palavra de Deus nos edifica, e seus conselhos vêm acrescentados de doses terapêuticas de virtude, beleza, poesia, com palavra bonita e pronúncia bem feita. Graças a Deus.

Ana Flavia Barreto é estudante de arquitetura e urbanismo da Universidade Estadual de Londrina e colaborou com o artigo para a Revista Século XXX


"Uma reportagem linda, onde a riqueza do contéudo está repleta de sensibilidade, que expressa dignamente o ser humano divino, que o Pe. Fabio representa.
Quando acolhemos em nossos corações esse sinal de Deus, nos conduzindo, permitimos que essa sensibilidade desperte, para olharmos a vida de todo dia, de uma forma diferente, 'Divina'. "

Blog "Amigo de Fé"

O Guardador de almas - Reportagem publicada pela Revista Século XXX

O Guardador de almas
Por Ana Flavia Barreto

Padre Fabio chega ao palco em passos leves e a platéia lhe sorri emoções. Os primeiros acordes soam “Tudo é do Pai”, com muita graça e um brilho insistente dos músicos.
As músicas, que são em maioria composições do Padre, mexem com o interior das pessoas e as faz sentir-se abraçadas. Ele traduz sentimentos e o público, em resposta, chove alegrias. Então, o próximo passo é aquietar o coração para ouvi-lo dividir saudades, compartilhar histórias sobre a sua família e amigos.
São cerca de três mil pessoas ocupando o Empório Brasil, em Cianorte (PR), que deslizam em uníssono nas melodias entoadas pela voz aveludada de um trovador moderno, arquiteto da alma, um artista que põe doçura em cada coisa que faz.
Em meio a tanta gente, consegue capturar os olhares que estão em busca de algo que os toque.Considera que seu público é de uma grande riqueza: “Nós temos hoje aqui dentro evangélicos, céticos, católicos, todos em torno da bondade dos que querem fazer uma experiência positiva de Deus”. Cada um ali presente tem sua razão, mas é o encontro com Deus que está estabelecido. “Já que você me reconheceu então conheça meu Deus, é o que venho apresentar”, ele afirma.
Uma curiosidade: nesse show compareceram pessoas até do Paraguai, com direito a entregar uma bandeira do país a ele no palco, que ele exibiu durante uma música. Todos aplaudiram e ele “gastou” seu espanhol em um sorridente “muchas gracias”.
O Padre é enfático e se chateia com publicações que têm ofendido sua platéia: “Eu fico muito triste, sobretudo quando desrespeita o público, quando uma reportagem afirma que as mulheres que vão aos meus shows são um bando de histéricas, isso não é verdade. É gente honesta, com fé, em processo de crescimento. Gente que realmente faz uma experiência de Deus, no qual fazemos parte. Falar mal de mim é até natural, mas falar do público tem me deixado aborrecido”.
Natural de Formiga, MG, Fabio de Melo entrou no seminário aos 16 anos, é graduado em Teologia na PUC-Rio, em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque, SC, pós-graduado em Educação na Universidade Salgado de Oliveira, Rio de Janeiro e mestre em Teologia sistemática pelo Instituto Santo Inácio de Loyola, Belo Horizonte, MG.
Escreveu cinco livros - prosa poética a escapar de seus dedos. Tem 11 CDs com canções religiosas e não religiosas, e o DVD Eu e o Tempo, gravado em janeiro deste ano no Canecão, no Rio de Janeiro.
Seu mais recente CD - VIDA - (disco de platina triplo, cerca de 600 mil cópias vendidas), se deu pela parceria LGK/ Sony Music, que contribuiu para novas possibilidades em seu trabalho evangelístico.
“Primeiro detalhe que modificou foi a forma de divulgar. Até então eu estava em uma mídia católica que não ousava muito na divulgação como esta. E depois a qualificação mesmo, o profissionalismo que a gente pode assumir por causa da infra-estrutura que o próprio evento foi tendo. A partir desse momento, tivemos oportunidades de fazer essa evangelização acontecer com um pouco mais de estrutura. No mais, continuo do mesmo jeito, vivendo da mesma forma, com uma responsabilidade a mais: quanto mais a gente fica público maior é a necessidade de reconhecer o que torna público. Fiquei conhecido porque sou padre e faço um trabalho de evangelização que hoje é diferente”, observa.
Já recebeu críticas positivas e respeitosas, mas ainda é vítima de polêmicas de uma mídia que não deixa de inventar opinião e ainda tanto questiona o fato de ele se apresentar sem batina em seus shows. “Não sou um aventureiro. Não comecei esse trabalho com a música ano passado”, adverte.
Ele tem alma leve e olhos de menino, que aprendeu a encontrar graça no simples ato de ir comprar pão, ver poesia onde ninguém imaginaria poder existir e transformar lugares: novos olhos para a mesma paisagem. “Tudo depende da conversão do olhar. Eu enxergo o mesmo muro todos os dias, mas há momentos em que eu vejo a poesia que há nele. Eu acho que essa conversão é importante. É trabalhar a sensibilidade”, conta.
Ele alerta para novas percepções, nos deixa “significando”, e é bonito aprender os novos sabores da vida, as novas maneiras de sorrir e abraçar, a melodia quando o beija-flor beija e uma abelha que pousa na flor. Uma nova religião, que a todo tempo floresce e renova-se em nós. “O que é o processo religioso? É o despertar da sensibilidade para olhar a vida de todo dia. Não tem nada de extraordinário acontecendo em nossa vida, mas tudo isso é sinal de Deus. E é bonito demais você perceber que, na descoberta da humanidade descobre-se também o que é divino e que não existe uma separação para isso”, revela.

Padre Fabio tem “estrela na testa” e soube fazer dela um Sol: iluminado por Deus, contribui para aquecer e confortar com sabedoria na hora da dor; e fazer raiar aquele coração que carregava vazio, silêncio e sombra. Lindo é ele falar de amor! Da maior lição que Jesus deixou e que devemos praticá-la em todos os momentos de nossas vidas.E quando fica difícil amar, o Padre Fabio carrega assim consigo sutileza, carisma e paciência pra explicar, e partilha um pouco de suas reflexões também em seu site (www.fabiodemelo.com.br). Lá ele escreve bonito dentro da gente. Uma obra não para lhe dizer parabéns, mas sim: muito obrigada!
Tem seus livros na lista dos mais vendidos do país. Letras que alcançam as estrelas e por fim nos ilumina - no sentido mais luz da palavra. E para completar, vem com sua sábia Direção Espiritual, o programa semanal ao vivo que vai ao ar pela Canção Nova, em que cada vez mais a Palavra de Deus nos edifica, e seus conselhos vêm acrescentados de doses terapêuticas de virtude, beleza, poesia, com palavra bonita e pronúncia bem feita. Graças a Deus.

Ana Flavia Barreto é estudante de arquitetura e urbanismo da Universidade Estadual de Londrina e colaborou com o artigo para a Revista Século XXX


"Uma reportagem linda, onde a riqueza do contéudo está repleta de sensibilidade, que expressa dignamente o ser humano divino, que o Pe. Fabio representa.
Quando acolhemos em nossos corações esse sinal de Deus, nos conduzindo, permitimos que essa sensibilidade desperte, para olharmos a vida de todo dia, de uma forma diferente, 'Divina'. "

Blog "Amigo de Fé"

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O primeiro DVD -"Eu e o tempo" (gravado no Canecão)




Show de padre lota casa de espetáculos em Botafogo
Thiago Camara

Fonte:Site Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Publicada em: 09/01/2009 às 16:55

Notícias



Padre, escritor, poeta, professor e também cantor. As ocupações de Padre Fábio de Melo são inúmeras. Mas a noite de 6 de janeiro ficará registrada para sempre na sua função de músico. O sacerdote gravou o seu primeiro DVD, “Eu e o Tempo”, no palco do Canecão, uma das casas de shows mais tradicionais do Rio de Janeiro. Lotado de fiéis, o público da casa vibrou com as vinte canções entoadas pelo sacerdote e sua banda.

- Quanto mais o padre Fábio humaniza a Deus, e O aproxima de nós, mais a gente reconhece a divindade do Pai. Ele não doutrina, fala de vida e, indiretamente, da presença de Deus, opinou Leandro Pontes da Paróquia São Francisco de Paula, na Barra da Tijuca.

Sucesso nacional com 600 mil cópias vendidas do CD “Vida”, lançado em setembro pela LGK/Som Livre, Padre Fábio recebeu o convite da gravadora para realizar esse DVD que possui canções próprias, de compositores como Toquinho e Fábio Jr. e de outros cantores católicos, como Celina Borges que fez uma participação especial em “Tudo Posso”, de sua autoria.

Celina Borges e o Padre Fábio de Melo
- No palco, enquanto ouvia o padre cantar, rezava por nós e agradecia a Deus por ele abrir portas para que a beleza da Igreja Católica seja conhecida. É uma responsabilidade muito grande para o nosso ministério, explicou Celina, há quase 25 anos servindo à Igreja através da Renovação Carismática Católica (RCC).

A cantora ressaltou a importância de o show ter sido realizado no Canecão.

- Muitos artistas já passaram por aqui, mas hoje o nome de Jesus está sendo levantado nesta casa.

Na plateia e aclamada pelo público, a cantora Adriana foi citada pelo padre mais de uma vez. A paulista de Cruzeiro concorda com Celina que os tempos são favoráveis para os artistas católicos.

- A música tem sido eficaz no processo de evangelização e Deus está dando um campo enorme de trabalho para nós. Essa é nossa missão: irmos onde o Senhor nos mandar, disse ela citando uma de suas composições.

Há 400 km de sua casa, Paula Abib, de 28 anos, pela primeira vez deixou o filho de 2 anos com sua mãe, no município de Varre-Sai, para ir ao show. Foi através do programa Direção Espiritual, da TV Canção Nova, que Paula conheceu Padre Fábio.

- De tanto eu ouvir as canções dele, até meu filho já canta algumas, lembrou ela.

Patrícia Silva, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de Anchieta, também conheceu o padre pela televisão. Ela foi ao show com o marido e gostou do que viu.

- As palavras dele tocam profundamente os nossos corações, disse ela que sonha em participar de um retiro com o sacerdote.

A presença de um show católico no Canecão surpreendeu até um dos seguranças da casa. Sem religião, Alexandre Nascimento, encantou-se com o modo como o padre conduziu sua apresentação.

- É a primeira vez que trabalho de uma forma tão leve. Estou sentindo uma paz de espírito muito grande, contou.

DVD “Eu e o Tempo”

Uma produção de primeira categoria. Cenário e iluminação atraentes, uma banda composta por 20 músicos, canções católicas e populares no repertório e um público fiel. A gravação do primeiro DVD do Padre Fábio de Melo teve os ingressos esgotados em poucos dias.

Dividido em cinco partes, o show trará os tempos litúrgicos da Igreja Católica.

* O início da apresentação é no Tempo de Pentecostes, quando o Espírito Santo desce sobre o mundo. A iluminação é avermelhada com intenção de representar o fogo, um dos símbolos do Espírito Santo.

Um relógio atravessa o cenário no fundo do palco para representar a passagem do tempo.

* O Advento é a segunda parte do show com canções como “Tudo Posso”, com Celina Borges e “Todo homem é bom”. Este tempo representa a preparação para a glória da vinda de Jesus.

* A terceira parte é a celebração da Epifania, a manifestação de Deus pela vinda de seu filho ao mundo.

* A Quaresma seguida da Páscoa prossegue. São os tempos de reflexão, sacrifícios e extrema alegria pela vida eterna a partir da Ressurreição de Jesus abordados em seguida.

* O show é encerrado novamente no Tempo de Pentecostes simbolizando o fechamento do ciclo litúrgico do espetáculo.


Fonte : Site Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Publicada em: 09/01/2009 às 16:55 - Notícias
Fotos de Divulgação (contidas na Notícia do Site Arquidiocese): Lívio Campos.
Colaborou: Carolina Hilal.

O primeiro DVD -"Eu e o tempo" (gravado no Canecão)




Show de padre lota casa de espetáculos em Botafogo
Thiago Camara

Fonte:Site Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Publicada em: 09/01/2009 às 16:55

Notícias



Padre, escritor, poeta, professor e também cantor. As ocupações de Padre Fábio de Melo são inúmeras. Mas a noite de 6 de janeiro ficará registrada para sempre na sua função de músico. O sacerdote gravou o seu primeiro DVD, “Eu e o Tempo”, no palco do Canecão, uma das casas de shows mais tradicionais do Rio de Janeiro. Lotado de fiéis, o público da casa vibrou com as vinte canções entoadas pelo sacerdote e sua banda.

- Quanto mais o padre Fábio humaniza a Deus, e O aproxima de nós, mais a gente reconhece a divindade do Pai. Ele não doutrina, fala de vida e, indiretamente, da presença de Deus, opinou Leandro Pontes da Paróquia São Francisco de Paula, na Barra da Tijuca.

Sucesso nacional com 600 mil cópias vendidas do CD “Vida”, lançado em setembro pela LGK/Som Livre, Padre Fábio recebeu o convite da gravadora para realizar esse DVD que possui canções próprias, de compositores como Toquinho e Fábio Jr. e de outros cantores católicos, como Celina Borges que fez uma participação especial em “Tudo Posso”, de sua autoria.

Celina Borges e o Padre Fábio de Melo
- No palco, enquanto ouvia o padre cantar, rezava por nós e agradecia a Deus por ele abrir portas para que a beleza da Igreja Católica seja conhecida. É uma responsabilidade muito grande para o nosso ministério, explicou Celina, há quase 25 anos servindo à Igreja através da Renovação Carismática Católica (RCC).

A cantora ressaltou a importância de o show ter sido realizado no Canecão.

- Muitos artistas já passaram por aqui, mas hoje o nome de Jesus está sendo levantado nesta casa.

Na plateia e aclamada pelo público, a cantora Adriana foi citada pelo padre mais de uma vez. A paulista de Cruzeiro concorda com Celina que os tempos são favoráveis para os artistas católicos.

- A música tem sido eficaz no processo de evangelização e Deus está dando um campo enorme de trabalho para nós. Essa é nossa missão: irmos onde o Senhor nos mandar, disse ela citando uma de suas composições.

Há 400 km de sua casa, Paula Abib, de 28 anos, pela primeira vez deixou o filho de 2 anos com sua mãe, no município de Varre-Sai, para ir ao show. Foi através do programa Direção Espiritual, da TV Canção Nova, que Paula conheceu Padre Fábio.

- De tanto eu ouvir as canções dele, até meu filho já canta algumas, lembrou ela.

Patrícia Silva, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de Anchieta, também conheceu o padre pela televisão. Ela foi ao show com o marido e gostou do que viu.

- As palavras dele tocam profundamente os nossos corações, disse ela que sonha em participar de um retiro com o sacerdote.

A presença de um show católico no Canecão surpreendeu até um dos seguranças da casa. Sem religião, Alexandre Nascimento, encantou-se com o modo como o padre conduziu sua apresentação.

- É a primeira vez que trabalho de uma forma tão leve. Estou sentindo uma paz de espírito muito grande, contou.

DVD “Eu e o Tempo”

Uma produção de primeira categoria. Cenário e iluminação atraentes, uma banda composta por 20 músicos, canções católicas e populares no repertório e um público fiel. A gravação do primeiro DVD do Padre Fábio de Melo teve os ingressos esgotados em poucos dias.

Dividido em cinco partes, o show trará os tempos litúrgicos da Igreja Católica.

* O início da apresentação é no Tempo de Pentecostes, quando o Espírito Santo desce sobre o mundo. A iluminação é avermelhada com intenção de representar o fogo, um dos símbolos do Espírito Santo.

Um relógio atravessa o cenário no fundo do palco para representar a passagem do tempo.

* O Advento é a segunda parte do show com canções como “Tudo Posso”, com Celina Borges e “Todo homem é bom”. Este tempo representa a preparação para a glória da vinda de Jesus.

* A terceira parte é a celebração da Epifania, a manifestação de Deus pela vinda de seu filho ao mundo.

* A Quaresma seguida da Páscoa prossegue. São os tempos de reflexão, sacrifícios e extrema alegria pela vida eterna a partir da Ressurreição de Jesus abordados em seguida.

* O show é encerrado novamente no Tempo de Pentecostes simbolizando o fechamento do ciclo litúrgico do espetáculo.


Fonte : Site Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Publicada em: 09/01/2009 às 16:55 - Notícias
Fotos de Divulgação (contidas na Notícia do Site Arquidiocese): Lívio Campos.
Colaborou: Carolina Hilal.

sábado, 1 de novembro de 2008

O sucesso do padre Fábio de Melo - Entrevista FOI DEUS QUE FEZ VOCÊ - o Globo Online (Caderno ELA)

Reproduzo aqui na íntegra as respostas do padre Fábio de Melo dadas para a entrevista FOI DEUS QUE FEZ VOCÊ publicada hoje no Caderno ELA.
por Bety Orsini
fonte : Globo On Line


PERGUNTA - Qual sua data de nascimento?
RESPOSTA - 03 de abril de 1971.

PERGUNTA - Qual o nome de seus pais, onde moram? Você é filho único? Se não for, quantos irmãos tem e o que eles fazem?
RESPOSTA - Meu pai Dorinato e minha mãe Ana. Meu pai já é falecido e minha mãe continua morando em Formiga, MG. De oito filhos sou o caçula.

PERGUNTA - Quando saiu de casa para ingressar na vida religiosa? O que seus amigos e familiares acharam da sua escolha naquela época? Foi difícil convencê-los que era uma missão?
RESPOSTA - Ficaram assustados, mas nunca deixaram de me apoiar.

PERGUNTA - O senhor é da mesma cidade que um festejado escritor brasileiro famoso radicado no Rio, Silviano Cavalcanti. Vocês se conhecem? Já leu os livros dele? Se leu, o que acha deles?
RESPOSTA - Silviano Santiago não é só um grande escritor, mas também um dos maiores críticos literários do nosso país. Um homem brilhante que eu acompanho desde a minha adolescência, quando despertei o gosto pela literatura. Não o conheço pessoalmente, mas conheço sua obra. Já li "Vale quanto pesa" "Uma literatura nos trópicos" " Herança" e a belíssima obra "Em liberdade", em que o autor investiga a alma de Graciliano Ramos após a experiência do cárcere.

PERGUNTA - A fé a a música: qual das duas tem maior importância na sua vida? E qual delas chegou primeiro na sua vida?
RESPOSTA - Fé é uma espécie de sustento. Eu não consigo pensar o que sou, o que faço sem pensar no que creio. As minhas ações são desdobramentos de minhas convicções de fé.

PERGUNTA - Seus 10 discos anteriores venderam quantas cópias?
RESPOSTA - Não sei ao certo. O que sei é que todos eles são discos de ouro e uns quatro deles são discos de platina.

PERGUNTA - Pq mudou para a gravadora LGK- Som Livre?
RESPOSTA - Pela oportunidade de amplificar a divulgação do trabalho. Eu acredito que a evangelização precisa estabelecer pontes com a cultura. Estar numa gravadora que extrapola o mercado religioso é uma forma de fazer isso.

PERGUNTA - Este disco tem alguma diferença marcante dos outros?
RESPOSTA - Cada cd é uma história, pois nasce de um contexto diferente.

PERGUNTA - Pela primeira vez o cantor Fabio Jr. autorizou outra pessoa a gravar "Pai". O senhor conhece o cantor? Ele é seu fã?
RESPOSTA - Não o conheço. Admiro muito o trabalho dele. A música "Pai" é de uma sensibilidade incrível. Retrata a saudade a partir do cotidiano. "Senta aqui que o jantar está na mesa" Este convite é lindo. A mesa é o lugar da intimidade, da devolução. O Fábio é um artista completo. Sua obra já entrou para história. É um dos artistas mais bem sucedido do país.

PERGUNTA - Pq padre Zezinho incentivou-o na carreira musical?
RESPOSTA - Porque é impossível falar de música católica sem nos reportarmos à sua obra. Ele é o grande precursor de tudo o que hoje experimentamos.

PERGUNTA - O senhor tem livros publicados, fale um pouquinho sobre cada um deles.
RESPOSTA - Tempo, saudades e esquecimentos - O cotidiano como lugar de revelação - Ed Paulinas. É um livro de crônicas que pretende trabalhar algumas questões teológicas a partir do cotidiano.
1 - Amigo- Somos muitos, mesmo sendo dois - Ed Gente. É um livro de frases e fotos que fala de amizade.
2 - Quem me roubou de mim? O seqüestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa. - Ed Canção Nova. Fala das relações que despersonalizam.
3 - Mulheres de aço e de flores. Ed Gente. Minha primeira obra de literatura. São contos que exploram o universo feminino.
4 - Quando o sofrimento bater à sua porta. Ed Canção Nova. É um livro que aborda a questão do sofrimento na vida humana.

PERGUNTA - Quais os seus autores preferidos?
RESPOSTA - Adélia Prado, Guimarães Rosa, Machado de Assis, Drumonnd de Andrade, Mia Couto, Gabriel Garcia Marques. Andrés Torres Queiruga. São tantos...


PERGUNTA - Quais os livros que recomendaria para uma pessoa?
RESPOSTA - Cem anos de solidão, do Gabriel Garcia Marques. E toda a obra da Adélia Prado.

PERGUNTA - Como é o seu dia-a-dia?
RESPOSTA - Comum. Viajo muito, mas independente do lugar em que estou faço minha rotina simples. Leitura, oração, trabalho e atividade física.


PERGUNTA - O jovem é seu público principal? O senhor já se deu conta de que é um grande exemplo para os jovens? Como lida com essa responsabilidade?
RESPOSTA - Eu sempre digo que quanto maior é a vida pública de um homem maior é sua responsabilidade.

PERGUNTA - Como vê o mundo atual?
RESPOSTA - O sociólogo polonês Zygmunt Bauman faz uma análise do mundo a partir do conceito de líquido. Concordo com ele. A época em que vivemos é marcada pela insegurança. Tudo flui com muita rapidez. Estamos protagonizando o tempo do descartável. Os vínculos duradouros estão cada vez mais raros. Com isso estamos mais inseguros, medrosos, afinal todo ser humano anseia por um porto seguro.

PERGUNTA - O senhor acha que o canto pode cumprir a mesma missão que o rito religioso?
RESPOSTA - A música nasceu num contexto religioso. A música é naturalmente religiosa, pois nos religa, nos recompõe. A arte é redentora. Ela nos resgata, nos eleva.


PERGUNTA - Como o senhor vê a situação dos Estados Unidos atualmente?
RESPOSTA - Estão sofrendo o processo natural que toda grande potência vive. Eles quiseram controlar o mundo. Dispensaram tempo e dinheiro para estabelecerem uma hegemonia, mas chegou a hora de cuidar dos problemas internos. Viveram durante muito tempo querendo colocar ordem no mundo, mas perderam a própria ordem. É aquela velha história. Há pessoas que se preocupam demais com a vida dos vizinhos e se esquecem de cuidar da própria vida.


PERGUNTA - E o Brasil, qual o remédio para a violência que assola o nosso país?
RESPOSTA - O único jeito de diminuir a violência no país é criando um modelo de Educação mais eficaz. A Educação é a solução para muitos problemas do mundo, e no Brasil não é diferente.


PERGUNTA - O senhor acha que só a fé pode salvar o ser humano ou o conhecimento também salva?
RESPOSTA - Fé e conhecimento andam de mãos dadas. A fé só tem sentido se for para gerar um jeito coerente de ser gente. O que creio torna-se uma forma de mentalidade. Por isso a palavra conversão pode ser compreendida como "metanoia", que em grego significa mudança de mentalidade. Um pensamento sensato, bem arquitetado, coerente, fruto de uma fé madura pode ser instrumento de salvação. É salvação histórica, pois confere ao ser humano a possibilidade de se realizar como pessoa.


PERGUNTA - Qual o escritor que mais tem contribuido para a evolução do ser humano?
RESPOSTA - Ainda continuo acreditando que a palavra de Jesus é a matriz de todo bom pensador.


PERGUNTA - O que o senhor acha do fato de o Dalai Lama ter desistido de tentar negociar com o governo da China mais autonomia para o Tibet diante da falta de resposta positiva de Pequim? Um líder religioso pode desistir?
RESPOSTA - Um líder religioso também se cansa. O importante é a gente não perder de vista a esperança. Ele tem motivos que nós não conhecemos. Uma coisa é certa. Ele ainda espera...


PERGUNTA - Um político americano processou Deus atribuindo a ele toda a violência do mundo. Perdeu e diz que vai recorrer. O que o senhor acha da atitude dele?
RESPOSTA - É interessante, mas não é raro a gente encontrar pessoas que queiram culpar a Deus pelas desgraças do mundo. É um jeito de se eximir de responsabilidades. Eu não tenho o direito de pedir a Deus que faça um círculo ser quadrado. Deus não fere a ordem de nossas escolhas. E não há escolha que não tenha desdobramento. A violência no mundo não é fruto de forças superiores, sejam elas divinas ou diabólicas. A violência no mundo é o fruto que plantamos. É a semente que jogamos no chão. Eu pergunto, se semeei limão tenho o direito de colher laranjas? Não creio. Atribuir a Deus a culpa e o resultado de nossas escolhas infelizes é tão desonesto quanto atribuir ao Diabo o motivo de nossas maldades. Somos livres para escolher o que queremos. Nem Deus, nem o Diabo nos obriga a absolutamente nada. Tudo é escolha humana. A sabedoria consiste em prestar atenção no que estamos elegendo no dia de hoje, porque mais cedo ou mais tarde o resultado virá.


PERGUNTA - O senhor já fez psicanálise? O que acha da psicanálise? Acha que a fé pode substitui-la? Acha que a psicanálise fallhou?

RESPOSTA - Não sou psicanalista para dizer nada a respeito. Prefiro acreditar que todo processo terapêutico será bem vindo à medida em que ajudar o ser humano a se tornar mais responsável diante da vida. Precisamos de terapias que nos amadureçam e que nos ajudem a viver com qualidade. Fico assustado com a facilidade com que as pessoas desistem de seus projetos. Encontro muitas pessoas que não querem sacrifícios. Esperam que a felicidade caia do céu, sem nenhuma demanda de esforço pessoal. Nem a fé, nem a Psicanálise são fórmulas mágicas. As duas realidades requerem esforços e luta pessoal.



PERGUNTA - Algumas pessoas acham que a fé é um impecilho para que o homem conheça a si mesmo. O que o senhor acha disso?
RESPOSTA - Acho estranho, afinal ninguém pode viver fora do contexto da fé. Não falo de uma fé religiosa, confessional. Falo da fé que nos move para a vida, que nos enche de esperanças e que nos faz acreditar numa possibilidade de mudar o que somos.
Veja bem. A primeira experiência de fé realizamos é a fé humana. E neste caso, até um ateu tem fé. Pode não ter fé em Deus, mas tem fé nas realidades humanas. Ninguém vive fora da experiência da fé. Se eu tomo um suco num restaurante estou movido por uma confiança de que o suco não está envenenado. O que isso pode fazer mal a uma pessoa? Confiar é impecilho para que algo de bom nos aconteça? Não creio, mesmo porque a Psicologia nos ensina que uma pessoa é mais segura de si mesma à medida em que foi verdadeiramente amada por alguém. E aí eu pergunto: O amor não é um desdobramento da fé?


PERGUNTA - Quais as grandes emoções que o senhor teve na vida religiosa?
RESPOSTA - Minha maior alegria é quando escuto alguém dizer que o meu trabalho lhe fez ser alguém melhor... Só por isso já valeu ter vivido.


O sucesso do padre Fábio de Melo - Entrevista FOI DEUS QUE FEZ VOCÊ - o Globo Online (Caderno ELA)

Reproduzo aqui na íntegra as respostas do padre Fábio de Melo dadas para a entrevista FOI DEUS QUE FEZ VOCÊ publicada hoje no Caderno ELA.
por Bety Orsini
fonte : Globo On Line


PERGUNTA - Qual sua data de nascimento?
RESPOSTA - 03 de abril de 1971.

PERGUNTA - Qual o nome de seus pais, onde moram? Você é filho único? Se não for, quantos irmãos tem e o que eles fazem?
RESPOSTA - Meu pai Dorinato e minha mãe Ana. Meu pai já é falecido e minha mãe continua morando em Formiga, MG. De oito filhos sou o caçula.

PERGUNTA - Quando saiu de casa para ingressar na vida religiosa? O que seus amigos e familiares acharam da sua escolha naquela época? Foi difícil convencê-los que era uma missão?
RESPOSTA - Ficaram assustados, mas nunca deixaram de me apoiar.

PERGUNTA - O senhor é da mesma cidade que um festejado escritor brasileiro famoso radicado no Rio, Silviano Cavalcanti. Vocês se conhecem? Já leu os livros dele? Se leu, o que acha deles?
RESPOSTA - Silviano Santiago não é só um grande escritor, mas também um dos maiores críticos literários do nosso país. Um homem brilhante que eu acompanho desde a minha adolescência, quando despertei o gosto pela literatura. Não o conheço pessoalmente, mas conheço sua obra. Já li "Vale quanto pesa" "Uma literatura nos trópicos" " Herança" e a belíssima obra "Em liberdade", em que o autor investiga a alma de Graciliano Ramos após a experiência do cárcere.

PERGUNTA - A fé a a música: qual das duas tem maior importância na sua vida? E qual delas chegou primeiro na sua vida?
RESPOSTA - Fé é uma espécie de sustento. Eu não consigo pensar o que sou, o que faço sem pensar no que creio. As minhas ações são desdobramentos de minhas convicções de fé.

PERGUNTA - Seus 10 discos anteriores venderam quantas cópias?
RESPOSTA - Não sei ao certo. O que sei é que todos eles são discos de ouro e uns quatro deles são discos de platina.

PERGUNTA - Pq mudou para a gravadora LGK- Som Livre?
RESPOSTA - Pela oportunidade de amplificar a divulgação do trabalho. Eu acredito que a evangelização precisa estabelecer pontes com a cultura. Estar numa gravadora que extrapola o mercado religioso é uma forma de fazer isso.

PERGUNTA - Este disco tem alguma diferença marcante dos outros?
RESPOSTA - Cada cd é uma história, pois nasce de um contexto diferente.

PERGUNTA - Pela primeira vez o cantor Fabio Jr. autorizou outra pessoa a gravar "Pai". O senhor conhece o cantor? Ele é seu fã?
RESPOSTA - Não o conheço. Admiro muito o trabalho dele. A música "Pai" é de uma sensibilidade incrível. Retrata a saudade a partir do cotidiano. "Senta aqui que o jantar está na mesa" Este convite é lindo. A mesa é o lugar da intimidade, da devolução. O Fábio é um artista completo. Sua obra já entrou para história. É um dos artistas mais bem sucedido do país.

PERGUNTA - Pq padre Zezinho incentivou-o na carreira musical?
RESPOSTA - Porque é impossível falar de música católica sem nos reportarmos à sua obra. Ele é o grande precursor de tudo o que hoje experimentamos.

PERGUNTA - O senhor tem livros publicados, fale um pouquinho sobre cada um deles.
RESPOSTA - Tempo, saudades e esquecimentos - O cotidiano como lugar de revelação - Ed Paulinas. É um livro de crônicas que pretende trabalhar algumas questões teológicas a partir do cotidiano.
1 - Amigo- Somos muitos, mesmo sendo dois - Ed Gente. É um livro de frases e fotos que fala de amizade.
2 - Quem me roubou de mim? O seqüestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa. - Ed Canção Nova. Fala das relações que despersonalizam.
3 - Mulheres de aço e de flores. Ed Gente. Minha primeira obra de literatura. São contos que exploram o universo feminino.
4 - Quando o sofrimento bater à sua porta. Ed Canção Nova. É um livro que aborda a questão do sofrimento na vida humana.

PERGUNTA - Quais os seus autores preferidos?
RESPOSTA - Adélia Prado, Guimarães Rosa, Machado de Assis, Drumonnd de Andrade, Mia Couto, Gabriel Garcia Marques. Andrés Torres Queiruga. São tantos...


PERGUNTA - Quais os livros que recomendaria para uma pessoa?
RESPOSTA - Cem anos de solidão, do Gabriel Garcia Marques. E toda a obra da Adélia Prado.

PERGUNTA - Como é o seu dia-a-dia?
RESPOSTA - Comum. Viajo muito, mas independente do lugar em que estou faço minha rotina simples. Leitura, oração, trabalho e atividade física.


PERGUNTA - O jovem é seu público principal? O senhor já se deu conta de que é um grande exemplo para os jovens? Como lida com essa responsabilidade?
RESPOSTA - Eu sempre digo que quanto maior é a vida pública de um homem maior é sua responsabilidade.

PERGUNTA - Como vê o mundo atual?
RESPOSTA - O sociólogo polonês Zygmunt Bauman faz uma análise do mundo a partir do conceito de líquido. Concordo com ele. A época em que vivemos é marcada pela insegurança. Tudo flui com muita rapidez. Estamos protagonizando o tempo do descartável. Os vínculos duradouros estão cada vez mais raros. Com isso estamos mais inseguros, medrosos, afinal todo ser humano anseia por um porto seguro.

PERGUNTA - O senhor acha que o canto pode cumprir a mesma missão que o rito religioso?
RESPOSTA - A música nasceu num contexto religioso. A música é naturalmente religiosa, pois nos religa, nos recompõe. A arte é redentora. Ela nos resgata, nos eleva.


PERGUNTA - Como o senhor vê a situação dos Estados Unidos atualmente?
RESPOSTA - Estão sofrendo o processo natural que toda grande potência vive. Eles quiseram controlar o mundo. Dispensaram tempo e dinheiro para estabelecerem uma hegemonia, mas chegou a hora de cuidar dos problemas internos. Viveram durante muito tempo querendo colocar ordem no mundo, mas perderam a própria ordem. É aquela velha história. Há pessoas que se preocupam demais com a vida dos vizinhos e se esquecem de cuidar da própria vida.


PERGUNTA - E o Brasil, qual o remédio para a violência que assola o nosso país?
RESPOSTA - O único jeito de diminuir a violência no país é criando um modelo de Educação mais eficaz. A Educação é a solução para muitos problemas do mundo, e no Brasil não é diferente.


PERGUNTA - O senhor acha que só a fé pode salvar o ser humano ou o conhecimento também salva?
RESPOSTA - Fé e conhecimento andam de mãos dadas. A fé só tem sentido se for para gerar um jeito coerente de ser gente. O que creio torna-se uma forma de mentalidade. Por isso a palavra conversão pode ser compreendida como "metanoia", que em grego significa mudança de mentalidade. Um pensamento sensato, bem arquitetado, coerente, fruto de uma fé madura pode ser instrumento de salvação. É salvação histórica, pois confere ao ser humano a possibilidade de se realizar como pessoa.


PERGUNTA - Qual o escritor que mais tem contribuido para a evolução do ser humano?
RESPOSTA - Ainda continuo acreditando que a palavra de Jesus é a matriz de todo bom pensador.


PERGUNTA - O que o senhor acha do fato de o Dalai Lama ter desistido de tentar negociar com o governo da China mais autonomia para o Tibet diante da falta de resposta positiva de Pequim? Um líder religioso pode desistir?
RESPOSTA - Um líder religioso também se cansa. O importante é a gente não perder de vista a esperança. Ele tem motivos que nós não conhecemos. Uma coisa é certa. Ele ainda espera...


PERGUNTA - Um político americano processou Deus atribuindo a ele toda a violência do mundo. Perdeu e diz que vai recorrer. O que o senhor acha da atitude dele?
RESPOSTA - É interessante, mas não é raro a gente encontrar pessoas que queiram culpar a Deus pelas desgraças do mundo. É um jeito de se eximir de responsabilidades. Eu não tenho o direito de pedir a Deus que faça um círculo ser quadrado. Deus não fere a ordem de nossas escolhas. E não há escolha que não tenha desdobramento. A violência no mundo não é fruto de forças superiores, sejam elas divinas ou diabólicas. A violência no mundo é o fruto que plantamos. É a semente que jogamos no chão. Eu pergunto, se semeei limão tenho o direito de colher laranjas? Não creio. Atribuir a Deus a culpa e o resultado de nossas escolhas infelizes é tão desonesto quanto atribuir ao Diabo o motivo de nossas maldades. Somos livres para escolher o que queremos. Nem Deus, nem o Diabo nos obriga a absolutamente nada. Tudo é escolha humana. A sabedoria consiste em prestar atenção no que estamos elegendo no dia de hoje, porque mais cedo ou mais tarde o resultado virá.


PERGUNTA - O senhor já fez psicanálise? O que acha da psicanálise? Acha que a fé pode substitui-la? Acha que a psicanálise fallhou?

RESPOSTA - Não sou psicanalista para dizer nada a respeito. Prefiro acreditar que todo processo terapêutico será bem vindo à medida em que ajudar o ser humano a se tornar mais responsável diante da vida. Precisamos de terapias que nos amadureçam e que nos ajudem a viver com qualidade. Fico assustado com a facilidade com que as pessoas desistem de seus projetos. Encontro muitas pessoas que não querem sacrifícios. Esperam que a felicidade caia do céu, sem nenhuma demanda de esforço pessoal. Nem a fé, nem a Psicanálise são fórmulas mágicas. As duas realidades requerem esforços e luta pessoal.



PERGUNTA - Algumas pessoas acham que a fé é um impecilho para que o homem conheça a si mesmo. O que o senhor acha disso?
RESPOSTA - Acho estranho, afinal ninguém pode viver fora do contexto da fé. Não falo de uma fé religiosa, confessional. Falo da fé que nos move para a vida, que nos enche de esperanças e que nos faz acreditar numa possibilidade de mudar o que somos.
Veja bem. A primeira experiência de fé realizamos é a fé humana. E neste caso, até um ateu tem fé. Pode não ter fé em Deus, mas tem fé nas realidades humanas. Ninguém vive fora da experiência da fé. Se eu tomo um suco num restaurante estou movido por uma confiança de que o suco não está envenenado. O que isso pode fazer mal a uma pessoa? Confiar é impecilho para que algo de bom nos aconteça? Não creio, mesmo porque a Psicologia nos ensina que uma pessoa é mais segura de si mesma à medida em que foi verdadeiramente amada por alguém. E aí eu pergunto: O amor não é um desdobramento da fé?


PERGUNTA - Quais as grandes emoções que o senhor teve na vida religiosa?
RESPOSTA - Minha maior alegria é quando escuto alguém dizer que o meu trabalho lhe fez ser alguém melhor... Só por isso já valeu ter vivido.


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Entrevista na Revista Malu (18/09/08) - Matéria: "Ele entende você."

Fonte : Site Oficial Pe. Fabio de Melo

Entrevista na Revista Malu (18/09/08) - Matéria: "Ele entende você."

Fonte : Site Oficial Pe. Fabio de Melo