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Informativo importante => Havia um link maldoso que direcionava o Blog para outro site, e há tempos estou tentando resolver. Consegui!!! Está de volta!!!! ★

sábado, 30 de janeiro de 2010

Pe. Fábio agradece as orações dedicadas a sua mãe.

A todos que estão orando pela D. Ana, o Padre Fábio via Twitter, agradece o carinho e passa informações a respeito do estado de saúde de sua mãe.


"Minha gente, agradeço profundamente o carinho com minha mãe. Ela continua internada e muito bem cuidada. A UTI é uma questão de segurança.
Dona Ana teve um infarto agudo do miocárdio na terça feira. Fez um cateterismo ontem e agora se recupera na UTI.
Ela está nas mãos de excelentes profissionais de saúde. Agradeço pelas orações de todos!"
(Pe. Fábio de Melo) via Twitter dia 29/01/2010- http://twitter.com/pefabiodemelo



Pe. Fábio agradece as orações dedicadas a sua mãe.

A todos que estão orando pela D. Ana, o Padre Fábio via Twitter, agradece o carinho e passa informações a respeito do estado de saúde de sua mãe.


"Minha gente, agradeço profundamente o carinho com minha mãe. Ela continua internada e muito bem cuidada. A UTI é uma questão de segurança.
Dona Ana teve um infarto agudo do miocárdio na terça feira. Fez um cateterismo ontem e agora se recupera na UTI.
Ela está nas mãos de excelentes profissionais de saúde. Agradeço pelas orações de todos!"
(Pe. Fábio de Melo) via Twitter dia 29/01/2010- http://twitter.com/pefabiodemelo



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

D.Ana mãe do Padre Fábio de Melo, está internada

Mãe do Pe. Fábio de Melo está internada em Aracaju
Ela foi submetida a um cateterismo e teve que ser internado na UTI do São Lucas
28/01/2010 - 17:10

A senhora Ana Maria de Melo Silva, 72 anos, mãe do Padre Fábio de Melo, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Aracaju. Ela foi submetida a um cateterismo na manhã desta quinta-feira, 28, e por complicações teve que ser internada na UTI. De acordo com informações extra-oficiais, o cantor esteve acompanhando a mãe esta manhã.
De acordo com a assessoria do hospital, ela teria vindo a Aracaju para passar pelo procedimento que terminou por volta das 14h. Apesar de estar na UTI, Ana Maria está consciente e orientada, mas não há previsão de alta.

Fonte : http://www.infonet.com.br


"Portadora de uma simplicidade única e feições serenas, conquistou  o carinho de inúmeras pessoas. Que possamos nesse momento reverter  esse carinho em orações, para D.Ana mãe do Pe. Fábio."
Blog "Amigo de Fé"






D.Ana mãe do Padre Fábio de Melo, está internada

Mãe do Pe. Fábio de Melo está internada em Aracaju
Ela foi submetida a um cateterismo e teve que ser internado na UTI do São Lucas
28/01/2010 - 17:10

A senhora Ana Maria de Melo Silva, 72 anos, mãe do Padre Fábio de Melo, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Aracaju. Ela foi submetida a um cateterismo na manhã desta quinta-feira, 28, e por complicações teve que ser internada na UTI. De acordo com informações extra-oficiais, o cantor esteve acompanhando a mãe esta manhã.
De acordo com a assessoria do hospital, ela teria vindo a Aracaju para passar pelo procedimento que terminou por volta das 14h. Apesar de estar na UTI, Ana Maria está consciente e orientada, mas não há previsão de alta.

Fonte : http://www.infonet.com.br


"Portadora de uma simplicidade única e feições serenas, conquistou  o carinho de inúmeras pessoas. Que possamos nesse momento reverter  esse carinho em orações, para D.Ana mãe do Pe. Fábio."
Blog "Amigo de Fé"






domingo, 24 de janeiro de 2010

Diário Espiritual -




Editora: Canção Nova
Páginas: 408
Formato: 14 X 21 cm
Encadernação: Capa dura
Ano Publicação: 2009
Edição: 1







Diário Espiritual é um projeto de parceria entre editora Canção Nova e Pe. Fábio de Melo, dedicado especialmente a você.
Pode ser utilizado em todos os momentos da sua vida e tornar-se seu companheiro diário.
Cada página oferece uma mensagem de sua autoria e um espaço para transcrever pensamentos, reflexões, observações e impressões resultantes da meditação da mensagem apresentada.
É mais uma oportunidade de encontrar acolhimento e aconselhamento nas palavras do Pe. Fábio de Melo, incentivando-nos a refletir e orar por dias cada vez melhores.



Diário Espiritual -




Editora: Canção Nova
Páginas: 408
Formato: 14 X 21 cm
Encadernação: Capa dura
Ano Publicação: 2009
Edição: 1







Diário Espiritual é um projeto de parceria entre editora Canção Nova e Pe. Fábio de Melo, dedicado especialmente a você.
Pode ser utilizado em todos os momentos da sua vida e tornar-se seu companheiro diário.
Cada página oferece uma mensagem de sua autoria e um espaço para transcrever pensamentos, reflexões, observações e impressões resultantes da meditação da mensagem apresentada.
É mais uma oportunidade de encontrar acolhimento e aconselhamento nas palavras do Pe. Fábio de Melo, incentivando-nos a refletir e orar por dias cada vez melhores.



sábado, 23 de janeiro de 2010

Participação do Pe. Fábio na Homenagem aos heróis do Haiti.



Fonte : Site Oficial Pe. Fábio de Melo

Participação do Pe. Fábio na Homenagem aos heróis do Haiti.



Fonte : Site Oficial Pe. Fábio de Melo

Show Eu e o tempo em Caraguatatuba - 10/01/2010

Show Eu e o tempo, pré lançamento Iluminar em Caraguatatuba dia 10/01/2.010.


Show Eu e o tempo em Caraguatatuba - 10/01/2010

Show Eu e o tempo, pré lançamento Iluminar em Caraguatatuba dia 10/01/2.010.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Participação do Pe. Fábio de Melo na gravação do DVD Raízes do Daniel - Paulínia/SP - 13/01/2010

Participação do Pe. Fábio de Melo na gravação do DVD Raízes do Daniel - Paulínia/SP - 13/01/2010

"A única força capaz de transformar o mundo é o amor.
 (Pe. Fábio de Melo)




 

A pedido do Daniel Pe. Fábio nos presenteia com uma mensagem.


"A única força capaz de transformar o mundo é o amor.
Quando nós descobrimos que querer o bem do outro, isso é amar. Que nós podemos exercitar isso o tempo todo, só o amor pode reconstruir os nossos lares, só o amor pode dar sentido ao coração dos nossos filhos, só o amor pode nos fazer  querer  levantar todos os dias de manhã e ser feliz de ser quem nós somos.
O resto nos mata aos poucos, só o amor nos faz viver."
(Pe. Fábio de Melo)
Transcrição : Simone Barbosa

Participação do Pe. Fábio de Melo na gravação do DVD Raízes do Daniel - Paulínia/SP - 13/01/2010

Participação do Pe. Fábio de Melo na gravação do DVD Raízes do Daniel - Paulínia/SP - 13/01/2010

"A única força capaz de transformar o mundo é o amor.
 (Pe. Fábio de Melo)




 

A pedido do Daniel Pe. Fábio nos presenteia com uma mensagem.


"A única força capaz de transformar o mundo é o amor.
Quando nós descobrimos que querer o bem do outro, isso é amar. Que nós podemos exercitar isso o tempo todo, só o amor pode reconstruir os nossos lares, só o amor pode dar sentido ao coração dos nossos filhos, só o amor pode nos fazer  querer  levantar todos os dias de manhã e ser feliz de ser quem nós somos.
O resto nos mata aos poucos, só o amor nos faz viver."
(Pe. Fábio de Melo)
Transcrição : Simone Barbosa

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Programa D.E. de 14/01/2010,Padre Fábio de Melo recebeu seu amigo Gabriel Chalita

Programa de 14/01/2010. Neste programa Padre Fábio de Melo recebeu seu amigo Gabriel Chalita, e neste vídeo eles falam sobre a forma como os nossos sonhos noturnos ocorrem, e como devemos lidar com eles, identificando significados para o nosso dia-a-dia.




Neste vídeo eles falam sobre a importância e ao mesmo tempo a dificuldade que temos em acreditar nas pessoas atualmente. Muitas vezes estamos armados, achando que o outro está sempre pronto para nos fazer mal, mas ao olhar os exemplos de pessoas que fazem o bem temos a certeza de que o projeto de Deus para nós dá certo. Precisamos seguir mais os exemplos que encontramos de pessoas que fazem a diferença na sociedade.




Neste vídeo eles falam sobre a importância de termos e vivermos os nossos próprios sonhos, e não os sonhos que outras pessoas tem para nós. Eles dão o exemplo das pessoas que fazem determinada faculdade apenas para satisfazer os pais, ou então as pessoas que fazem concursos públicos apenas pelo dinheiro que podem ganhar.





Programa D.E. de 14/01/2010,Padre Fábio de Melo recebeu seu amigo Gabriel Chalita

Programa de 14/01/2010. Neste programa Padre Fábio de Melo recebeu seu amigo Gabriel Chalita, e neste vídeo eles falam sobre a forma como os nossos sonhos noturnos ocorrem, e como devemos lidar com eles, identificando significados para o nosso dia-a-dia.




Neste vídeo eles falam sobre a importância e ao mesmo tempo a dificuldade que temos em acreditar nas pessoas atualmente. Muitas vezes estamos armados, achando que o outro está sempre pronto para nos fazer mal, mas ao olhar os exemplos de pessoas que fazem o bem temos a certeza de que o projeto de Deus para nós dá certo. Precisamos seguir mais os exemplos que encontramos de pessoas que fazem a diferença na sociedade.




Neste vídeo eles falam sobre a importância de termos e vivermos os nossos próprios sonhos, e não os sonhos que outras pessoas tem para nós. Eles dão o exemplo das pessoas que fazem determinada faculdade apenas para satisfazer os pais, ou então as pessoas que fazem concursos públicos apenas pelo dinheiro que podem ganhar.





sábado, 9 de janeiro de 2010

Ser feliz dá trabalho (pe. Fábio de Melo) - O Dia On Line


Rio - O poeta dizia: “Tristeza não tem fim, felicidade sim!” Tinha ele razão? Não sei. O que sei é que neste imenso mercado em que se tornou a vida, encontramos ilusões temporárias sendo vendidas como se fossem felicidades duradouras.

O empenho...

Ser feliz dá trabalho. Há quem diga que não. Acredita nas fórmulas mágicas que esta literatura contemporânea nos oferece, prometendo-nos uma série de felicidades, que segundo aqueles que a produzem, podem ser conquistadas com a aplicação das receitas por eles oferecidas.

Há quem preveja o futuro. Garante ler nas mãos as rotas do amanhã, os amores que virão, os sofrimentos que chegarão e os fatos que mudarão a história. Há quem creia nos búzios, nos tarôs, nas simpatias que atraem sorte e até mesmo nas promessas que insistem em mercantilizar o que por natureza é gratuito em Deus.

Eu continuo sem crer em tudo isso. Ainda prefiro ver a vida, o novo ano, as novas possibilidades como um novelo misterioso que trago preso a mim, pela ponta. Viver consiste em deixar o novelo se desprender das mãos. No gesto de deixá-lo cair, permanecem duas perspectivas: o cuidado de segurar a ponta para que não se perca de nossas mãos e a liberdade para que se desenrole de acordo com o movimento. Nisto está a beleza: a previsão responsável e o espaço para a surpresa.

Felicidade também é uma forma de planejamento. Arquitetamos os sonhos, somamos os recursos, projetamos as iniciativas, marcamos datas, sacrificamos alguns exageros, reduzimos os supérfluos, construímos esperanças. Mas é também surpresa. Um bilhete na geladeira, um encontro inesperado, uma declaração de amor, um telefonema de quem andava sumido, uma graça do menino malabarista no semáforo da esquina, um bolo de fubá escondido no forno e um recadinho da mãe colado na porta: “Fiz pra você!”

Tudo vai nos despertando sorrisos, vontade de viver, de cantar aquela música brega, de dar vexame em público, de dizer que ama, que ama, que ama.

ILUSÕES TEMPORÁRIAS...

Inicio de ano é assim. Quando nos damos por nós, tudo já está programado. O calendário já está riscado até dezembro, a agenda já está programada e não há espaço nem para a possibilidade de uma gripe inesperada. Tudo deverá ser cumprido com rigor espartano! Planejar é bom. Ruim é não deixar espaço para a criatividade da hora.

Há quem faça o planejamento em cima de previsões mágicas. Os bruxos de plantão insistem em dizer que tudo isso dá certo. Eu acredito só na metade da previsão. É previsível só o que o bom senso já nos anuncia como verdade. O resto é conversa de quem não tem o que fazer, de gente desempregada que insiste em cuidar da vida alheia ao invés de cuidar da própria vida. Gente que vende felicidades prontas para o consumo, que dispensa o esforço e que garanta um resultado maravilhoso.

Felicidades encaixotadas, prontas para serem vendidas, comercializadas, trocadas, excluídas. Comércio que insiste em nos convencer de que tem a solução para os nossos problemas. Felicidade fácil. Aparelhos que prometem nos emagrecer, enquanto comemos pipoca amontoados no sofá da sala. Cápsulas milagrosas que vão comendo a gordura da nossa preguiça enquanto continuamos preguiçosos, comendo as coisas que nos fazem mal, insistindo em expor o nosso corpo a todos os malefícios das gorduras saturadas, hidrogenadas e outros adas...

Aparelhos que modelam a nossa barriga enquanto dormimos, cremes que fazem desaparecer do rosto aquilo que a vida levou anos para criar. Tudo rápido, fácil, sem esforço. Felicidades provisórias. Coisa de gente que não quer o esforço de um exercício que faz bem pro coração. Ampolas que dão ao corpo a massa muscular que o organismo levaria dois anos para alcançar. Felicidades sem volta. Morte silenciosa que vai comprometendo o interior da carne para que a exterioridade pareça forte.

Felicidades futuras. Coisa de gente que projeta o início da dieta para segunda feira, que diz que pára de fumar quando quer, que só bebe socialmente, que não é escravo de nada, que sabe muito bem o que está fazendo. Felicidades mentirosas. Falas decoradas de quem não tem coragem de dizer que falhou, que não deu certo, que escolheu o caminho errado e que não soube voltar atrás. Coisa de gente que insiste em viver os dias só para vê-los passar. Felicidades que enganam. Gente que jura amor eterno já sabendo que não poderá ficar.

FELICIDADES DURADOURAS...

Por outro lado, há um jeito interessante de ser feliz. Felicidades responsáveis. Gestos que nos ajudam a reconstruir a vida, encurtar as distâncias, promover as dietas, diminuir as gorduras. Vida que tem horário marcado para o cuidado do corpo, sem desculpas, sem embromos e sem enrolação. Felicidades partilhadas. Descobrir que repartir o instante feliz é uma forma de multiplicá-lo, fazê-lo eterno. Perceber que belezas superiores insistem em se esconder em belezas menores, pouco atraentes.

Felicidades sem aviso. Reencontros inesperados, presente que se recebe sem razão, comemorações sem datas especiais. Pequenos gestos que fazem a diferença na soma de tudo. Vida que se comemora só por comemorar, só por reconhecer o que nela é único, irrepetível, singular. Eu espero que este novo ano seja um tempo propício para felicidades verdadeiras.

Eu não tenho nenhuma previsão para sua vida. Para mim, não importa se Saturno está na linha de Júpiter ou se as cartas revelaram verdades ocultas a respeito de quem quer que seja. O que sei é que a vida continua amanhecendo, com ou sem a minha previsão. O inesperado ainda é a metade mais viva da vida. Programe-se bem para este novo ano. Só quem se programa e cumpre bem o que se propôs saberá lidar com as surpresas. No mais, eu lhe desejo muitas e muitas felicidades sem aviso, sem previsões...

Ser feliz dá trabalho (pe. Fábio de Melo) - O Dia On Line


Rio - O poeta dizia: “Tristeza não tem fim, felicidade sim!” Tinha ele razão? Não sei. O que sei é que neste imenso mercado em que se tornou a vida, encontramos ilusões temporárias sendo vendidas como se fossem felicidades duradouras.

O empenho...

Ser feliz dá trabalho. Há quem diga que não. Acredita nas fórmulas mágicas que esta literatura contemporânea nos oferece, prometendo-nos uma série de felicidades, que segundo aqueles que a produzem, podem ser conquistadas com a aplicação das receitas por eles oferecidas.

Há quem preveja o futuro. Garante ler nas mãos as rotas do amanhã, os amores que virão, os sofrimentos que chegarão e os fatos que mudarão a história. Há quem creia nos búzios, nos tarôs, nas simpatias que atraem sorte e até mesmo nas promessas que insistem em mercantilizar o que por natureza é gratuito em Deus.

Eu continuo sem crer em tudo isso. Ainda prefiro ver a vida, o novo ano, as novas possibilidades como um novelo misterioso que trago preso a mim, pela ponta. Viver consiste em deixar o novelo se desprender das mãos. No gesto de deixá-lo cair, permanecem duas perspectivas: o cuidado de segurar a ponta para que não se perca de nossas mãos e a liberdade para que se desenrole de acordo com o movimento. Nisto está a beleza: a previsão responsável e o espaço para a surpresa.

Felicidade também é uma forma de planejamento. Arquitetamos os sonhos, somamos os recursos, projetamos as iniciativas, marcamos datas, sacrificamos alguns exageros, reduzimos os supérfluos, construímos esperanças. Mas é também surpresa. Um bilhete na geladeira, um encontro inesperado, uma declaração de amor, um telefonema de quem andava sumido, uma graça do menino malabarista no semáforo da esquina, um bolo de fubá escondido no forno e um recadinho da mãe colado na porta: “Fiz pra você!”

Tudo vai nos despertando sorrisos, vontade de viver, de cantar aquela música brega, de dar vexame em público, de dizer que ama, que ama, que ama.

ILUSÕES TEMPORÁRIAS...

Inicio de ano é assim. Quando nos damos por nós, tudo já está programado. O calendário já está riscado até dezembro, a agenda já está programada e não há espaço nem para a possibilidade de uma gripe inesperada. Tudo deverá ser cumprido com rigor espartano! Planejar é bom. Ruim é não deixar espaço para a criatividade da hora.

Há quem faça o planejamento em cima de previsões mágicas. Os bruxos de plantão insistem em dizer que tudo isso dá certo. Eu acredito só na metade da previsão. É previsível só o que o bom senso já nos anuncia como verdade. O resto é conversa de quem não tem o que fazer, de gente desempregada que insiste em cuidar da vida alheia ao invés de cuidar da própria vida. Gente que vende felicidades prontas para o consumo, que dispensa o esforço e que garanta um resultado maravilhoso.

Felicidades encaixotadas, prontas para serem vendidas, comercializadas, trocadas, excluídas. Comércio que insiste em nos convencer de que tem a solução para os nossos problemas. Felicidade fácil. Aparelhos que prometem nos emagrecer, enquanto comemos pipoca amontoados no sofá da sala. Cápsulas milagrosas que vão comendo a gordura da nossa preguiça enquanto continuamos preguiçosos, comendo as coisas que nos fazem mal, insistindo em expor o nosso corpo a todos os malefícios das gorduras saturadas, hidrogenadas e outros adas...

Aparelhos que modelam a nossa barriga enquanto dormimos, cremes que fazem desaparecer do rosto aquilo que a vida levou anos para criar. Tudo rápido, fácil, sem esforço. Felicidades provisórias. Coisa de gente que não quer o esforço de um exercício que faz bem pro coração. Ampolas que dão ao corpo a massa muscular que o organismo levaria dois anos para alcançar. Felicidades sem volta. Morte silenciosa que vai comprometendo o interior da carne para que a exterioridade pareça forte.

Felicidades futuras. Coisa de gente que projeta o início da dieta para segunda feira, que diz que pára de fumar quando quer, que só bebe socialmente, que não é escravo de nada, que sabe muito bem o que está fazendo. Felicidades mentirosas. Falas decoradas de quem não tem coragem de dizer que falhou, que não deu certo, que escolheu o caminho errado e que não soube voltar atrás. Coisa de gente que insiste em viver os dias só para vê-los passar. Felicidades que enganam. Gente que jura amor eterno já sabendo que não poderá ficar.

FELICIDADES DURADOURAS...

Por outro lado, há um jeito interessante de ser feliz. Felicidades responsáveis. Gestos que nos ajudam a reconstruir a vida, encurtar as distâncias, promover as dietas, diminuir as gorduras. Vida que tem horário marcado para o cuidado do corpo, sem desculpas, sem embromos e sem enrolação. Felicidades partilhadas. Descobrir que repartir o instante feliz é uma forma de multiplicá-lo, fazê-lo eterno. Perceber que belezas superiores insistem em se esconder em belezas menores, pouco atraentes.

Felicidades sem aviso. Reencontros inesperados, presente que se recebe sem razão, comemorações sem datas especiais. Pequenos gestos que fazem a diferença na soma de tudo. Vida que se comemora só por comemorar, só por reconhecer o que nela é único, irrepetível, singular. Eu espero que este novo ano seja um tempo propício para felicidades verdadeiras.

Eu não tenho nenhuma previsão para sua vida. Para mim, não importa se Saturno está na linha de Júpiter ou se as cartas revelaram verdades ocultas a respeito de quem quer que seja. O que sei é que a vida continua amanhecendo, com ou sem a minha previsão. O inesperado ainda é a metade mais viva da vida. Programe-se bem para este novo ano. Só quem se programa e cumpre bem o que se propôs saberá lidar com as surpresas. No mais, eu lhe desejo muitas e muitas felicidades sem aviso, sem previsões...

domingo, 3 de janeiro de 2010

O novo ano sob a ótica do menino (Pe. Fábio de Melo) - O Dia On Line -

O Dia On Line

Rio - O menino quis saber o significado do ano novo. Tentei dizer. Busquei as frases prontas que são tão comuns à essa época do ano, e prontamente me coloquei a repeti-las. Percebi que ele escutava tudo o que eu dizia, mas sem muito interesse. Ele voltou a insistir. Queria saber se haveria algum sinal que pudesse sinalizar a mudança do ano velho para o ano novo.

Eu fiquei desconcertado. Eu confesso que o único sinal que me ocorreu foi a famosa queima de fogos que acontece na praia de Copacabana. Não tive coragem de dizer. Apesar da pouca idade, o menino buscava por um significado mais profundo a respeito do tempo. Sem muitos rodeios ele argumentou que não conseguia perceber muito sentido nessa história de ano novo. Ele tinha uma visão prática da vida. E sobre ela me falou. Buscou realidades simples do seu contexto e exemplificou para que eu pudesse entender sua dúvida. O menino estava coberto de razão. Sua visão prática era coerente, lúcida. Não há nada de novo no ano novo. O que muda é o relógio, o calendário, mas a vida continua o seu remanso de sempre.

Foi então que busquei extrapolar o seu discurso prático e lhe ofereci algumas porções do meu discurso simbólico. Eu também precisava sobreviver àquela conversa. Não queria sair dela embebido daquela praticidade que poderia ruir minha capacidade de acreditar que existe alguma novidade à minha espera com o romper da nova década. O menino me olhava interessado. Falei sobre o tempo e seus ciclos. Falei da psicologia das horas.

Argumentei que a demarcação das datas pode ter repercussão nas almas das pessoas. A oportunidade de virar o calendário pode ter efeito positivo sobre aquele que se sente pesado, angustiado, sem esperanças. Comparei o ano velho a uma gaveta que precisa ser limpa. Guardamos muitas coisas desnecessárias. Chega o momento em que precisamos fazer a triagem. É necessário limpar, jogar fora, abrir espaços para coisas novas. Ano novo e gaveta limpa podem ter os mesmos sentidos, sugeri. Toda vez que nós temos a sensação de um novo tempo, é natural que nossas almas sejam invadidas por esperanças. Faz parte do processo humano sofrer de esperanças.

A esperança é uma espécie de instinto de sobrevivência. O cansaço dos tempos idos pode dispor o nosso coração à possibilidade de mudanças. É como se houvesse uma saturação. Não queremos mais o peso do passado. Precisamos de outra oportunidade. O calendário novo nos oferece essa sensação. Ao saber que o ano velho está sendo finalizado, é possível que você se encha de expectativas importantes.

O menino me olhou com carinho e agradeceu. Voltou para o seu mundo de brinquedos e deixou-me diante da necessidade de conciliar os dois discursos. O prático e o simbólico. Desaforo. O discurso prático parece humilhar o discurso simbólico. Ele resolve porque é dotado de clareza. É lógico, curto, asfixiante. E foi assim que recebi o ano novo.

Tentando equilibrar os dois discursos dentro de mim. Vez em quando eu me recordo da ótica do menino. Eu não a desconsidero. Ele tem razão. Se a gente não se empenhar na construção de um novo tempo, nada acontecerá. O ano novo será mesmice, repetição de erros, acomodação de posturas, condução medíocre de oportunidades, explosão de fogos que oferece brilho breve, assustadoramente fugaz. Mas não precisa ser assim. Há sempre um motivo novo abscôndito nas velhas estruturas da condição humana. A isso chamamos de evolução, superação. O menino me ajudou com sua ótica. Perdi o medo de ser prático na minha reflexão sobre o tempo.

De fato, nada mudou. Mas também não posso deixar de admitir que há um vento suave me conduzindo para o coração do futuro. E assim eu vou. Abraçando o presente, passando o passado, aprendendo com essa dinâmica interessante, inventada por alguém que não sei dizer, que faz o ano velho ser novo de novo.

O novo ano sob a ótica do menino (Pe. Fábio de Melo) - O Dia On Line -

O Dia On Line

Rio - O menino quis saber o significado do ano novo. Tentei dizer. Busquei as frases prontas que são tão comuns à essa época do ano, e prontamente me coloquei a repeti-las. Percebi que ele escutava tudo o que eu dizia, mas sem muito interesse. Ele voltou a insistir. Queria saber se haveria algum sinal que pudesse sinalizar a mudança do ano velho para o ano novo.

Eu fiquei desconcertado. Eu confesso que o único sinal que me ocorreu foi a famosa queima de fogos que acontece na praia de Copacabana. Não tive coragem de dizer. Apesar da pouca idade, o menino buscava por um significado mais profundo a respeito do tempo. Sem muitos rodeios ele argumentou que não conseguia perceber muito sentido nessa história de ano novo. Ele tinha uma visão prática da vida. E sobre ela me falou. Buscou realidades simples do seu contexto e exemplificou para que eu pudesse entender sua dúvida. O menino estava coberto de razão. Sua visão prática era coerente, lúcida. Não há nada de novo no ano novo. O que muda é o relógio, o calendário, mas a vida continua o seu remanso de sempre.

Foi então que busquei extrapolar o seu discurso prático e lhe ofereci algumas porções do meu discurso simbólico. Eu também precisava sobreviver àquela conversa. Não queria sair dela embebido daquela praticidade que poderia ruir minha capacidade de acreditar que existe alguma novidade à minha espera com o romper da nova década. O menino me olhava interessado. Falei sobre o tempo e seus ciclos. Falei da psicologia das horas.

Argumentei que a demarcação das datas pode ter repercussão nas almas das pessoas. A oportunidade de virar o calendário pode ter efeito positivo sobre aquele que se sente pesado, angustiado, sem esperanças. Comparei o ano velho a uma gaveta que precisa ser limpa. Guardamos muitas coisas desnecessárias. Chega o momento em que precisamos fazer a triagem. É necessário limpar, jogar fora, abrir espaços para coisas novas. Ano novo e gaveta limpa podem ter os mesmos sentidos, sugeri. Toda vez que nós temos a sensação de um novo tempo, é natural que nossas almas sejam invadidas por esperanças. Faz parte do processo humano sofrer de esperanças.

A esperança é uma espécie de instinto de sobrevivência. O cansaço dos tempos idos pode dispor o nosso coração à possibilidade de mudanças. É como se houvesse uma saturação. Não queremos mais o peso do passado. Precisamos de outra oportunidade. O calendário novo nos oferece essa sensação. Ao saber que o ano velho está sendo finalizado, é possível que você se encha de expectativas importantes.

O menino me olhou com carinho e agradeceu. Voltou para o seu mundo de brinquedos e deixou-me diante da necessidade de conciliar os dois discursos. O prático e o simbólico. Desaforo. O discurso prático parece humilhar o discurso simbólico. Ele resolve porque é dotado de clareza. É lógico, curto, asfixiante. E foi assim que recebi o ano novo.

Tentando equilibrar os dois discursos dentro de mim. Vez em quando eu me recordo da ótica do menino. Eu não a desconsidero. Ele tem razão. Se a gente não se empenhar na construção de um novo tempo, nada acontecerá. O ano novo será mesmice, repetição de erros, acomodação de posturas, condução medíocre de oportunidades, explosão de fogos que oferece brilho breve, assustadoramente fugaz. Mas não precisa ser assim. Há sempre um motivo novo abscôndito nas velhas estruturas da condição humana. A isso chamamos de evolução, superação. O menino me ajudou com sua ótica. Perdi o medo de ser prático na minha reflexão sobre o tempo.

De fato, nada mudou. Mas também não posso deixar de admitir que há um vento suave me conduzindo para o coração do futuro. E assim eu vou. Abraçando o presente, passando o passado, aprendendo com essa dinâmica interessante, inventada por alguém que não sei dizer, que faz o ano velho ser novo de novo.

Que a harmonia nos revele a beleza de mais um dia, mais um ano...

 Clique sobre a imagem para visualizá-la maior.

Que a harmonia nos revele a beleza de mais um dia, mais um ano...

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