Páginas

Informativo importante => Havia um link maldoso que direcionava o Blog para outro site, e há tempos estou tentando resolver. Consegui!!! Está de volta!!!! ★

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Padre Fábio de Melo encerra atividades de sábado do Hosana Brasil

Um grande coro de Deus. Essa é a frase que resume o show de encerramento das atividades de sábado (5) do Hosana Brasil 2009 com padre Fábio de Melo. Os milhares de fiéis presentes no Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes deram um show à parte cantando todas as músicas com o sacerdote em voz alta e com louvor.

Padre Fábio de Melo

Padre Fábio apresentou as canções presentes no seu mais novo trabalho, intitulado ‘Eu e o tempo’. Dentre as músicas, estão os sucessos ‘Estações da vida’, ‘Tudo é do pai’, ‘Deus é capaz’, ‘Tudo posso’, ‘Todo homem é bom’ e ‘Filho do céu’.

Na canção ‘Tudo posso’, o sacerdote motivou os fiéis a baterem no peito e dizerem “Tudo posso naquele que me fortalece”. A música teve a participação especial da cantora Celina Borges, que deixou o público ainda mais vibrante e animado. Celina também fez participação especial nas canções “Busque o Alto” e ‘Por que Ele vive’.


Depois que cantou ‘Filho do céu’, padre Fábio fez um apelo aos presentes: “Quando você tiver passando por algum sofrimento, vivendo uma situação que você acha que não tem solução. Lembre-se: você é filho do céu”.

Um dos pontos altos da apresentação foi o momento que o sacerdote pediu que o público acendesse a luz do celular ou o tirasse uma foto. O resultado foi um espetáculo de luzes.

O Hosana Brasil é o maior evento de espiritualidade da Canção Nova. Com o tema ‘O Senhor é a nossa vitória’, os participantes são convidados a proclamar Deus como a principal graça de suas vidas. No domingo (6), a primeira atividade do dia é a Aeróbica do Senhor, às 7h20, seguida de adoração, pregações e Santa Missa para fechar o evento.

Padre Fábio de Melo encerra atividades de sábado do Hosana Brasil

Um grande coro de Deus. Essa é a frase que resume o show de encerramento das atividades de sábado (5) do Hosana Brasil 2009 com padre Fábio de Melo. Os milhares de fiéis presentes no Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes deram um show à parte cantando todas as músicas com o sacerdote em voz alta e com louvor.

Padre Fábio de Melo

Padre Fábio apresentou as canções presentes no seu mais novo trabalho, intitulado ‘Eu e o tempo’. Dentre as músicas, estão os sucessos ‘Estações da vida’, ‘Tudo é do pai’, ‘Deus é capaz’, ‘Tudo posso’, ‘Todo homem é bom’ e ‘Filho do céu’.

Na canção ‘Tudo posso’, o sacerdote motivou os fiéis a baterem no peito e dizerem “Tudo posso naquele que me fortalece”. A música teve a participação especial da cantora Celina Borges, que deixou o público ainda mais vibrante e animado. Celina também fez participação especial nas canções “Busque o Alto” e ‘Por que Ele vive’.


Depois que cantou ‘Filho do céu’, padre Fábio fez um apelo aos presentes: “Quando você tiver passando por algum sofrimento, vivendo uma situação que você acha que não tem solução. Lembre-se: você é filho do céu”.

Um dos pontos altos da apresentação foi o momento que o sacerdote pediu que o público acendesse a luz do celular ou o tirasse uma foto. O resultado foi um espetáculo de luzes.

O Hosana Brasil é o maior evento de espiritualidade da Canção Nova. Com o tema ‘O Senhor é a nossa vitória’, os participantes são convidados a proclamar Deus como a principal graça de suas vidas. No domingo (6), a primeira atividade do dia é a Aeróbica do Senhor, às 7h20, seguida de adoração, pregações e Santa Missa para fechar o evento.

Confira vídeos com padre Fábio de Melo no Hosana Brasil- Canção Nova

Confira padre Fábio canta: “Sou Humano demais”, “Todo homem é bom”




Fonte: Site Canção Nova

Confira vídeos com padre Fábio de Melo no Hosana Brasil- Canção Nova

Confira padre Fábio canta: “Sou Humano demais”, “Todo homem é bom”




Fonte: Site Canção Nova

Pregação: Levanta-te para a vitória - Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo

Pregação: Levanta-te para a vitória
Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo
Hosana Brasil - Cançãp Nova - 05/12/2009




Gabriel Chalita



Eu queria refletir com vocês passagem de quando levam as crianças para Jesus. “Foram-lhe, então, apresentadas algumas criancinhas para que pusesse as mãos sobre elas e orasse por elas. Os discípulos, porém, as afastavam. Disse-lhes Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham.” (Mateus 19,13-14)

“Deixai vir a mim as criancinhas”, é interessante que neste processo da existência humana, vamos aprendendo a respeitar as outras pessoas, vamos nos conhecendo e conhecendo os outros, quando Jesus diz “vir a mim”, Ele quer dizer que se não tivermos um coração puro como de criança, não seremos felizes.

O pai sonha muito com o filho, mas parece que o filho não atende os sonhos do pai, mas é preciso entender que o filho não é igual ao pai. O primeiro sonho de um pai e uma mãe deve ser que seu filho seja bom, que sonhe que os filhos se formem, mas o primeiro sonho é que seja bom. Se eu, pai, sonho que meu filho seja bom, a primeira coisa a fazer é eu ser bom. A criança, não é preconceituosa, ela vai pegando as manias dos pais, ela vai aprendendo com o jeito dos pais.

Os exemplos cotidianos que damos em casa prepara o ser humano, desenvolve a capacidade de amar. Pode faltar tudo, mas não pode faltar o amor.

O cristianismo familiar é preciso ser resgatado para os filhos viverem a verdade. Tem pai que só quer o filho em cima do “pódio”, mas é necessário saber que todos os erram, ninguém é perfeito.


Gabriel Chalita durante a pregação

Muitas vezes perdemos a chance de ser melhor. É a convivência com o outro que me faz um pouco melhor. “O verdadeiro cristão é aquele que permitia que a Bíblia esteja entranhada em si.” Vir para o hosana é saber que a palavra está entranhada em nós, nós sofremos, fomos vitoriosos, omissos, mas estamos aqui.

Quando pensamos como Jesus pensava, vivemos uma virtude muito linda, que é a compaixão. Perdemos muitas oportunidades de ajudar o outro porque não temos compaixão. Todos nós temos em nós a razão e emoção, todos temos capacidade de amar.

Toda vez que a gente trata o ser humano como uma coisa, não vivemos a essência do cristianismo. Precisamos fazer que com a nossa compaixão o outro se sinta amado, precisamos ser gentil com o outro.

Se eu não for simples, se alguém te perguntar se você tem alguma para coisa para celebrar a vitória, você tem tantas coisas que lhe ensinaram esse ano, mesmo com as situações dolorosas, hoje podemos ser um pouco melhor pois essas coisas nos fez crescer.

Cada um é diferente do outro, e precisa ser respeitado, assim como você também deve ser respeitado, a criança tem seu jeito próprio de ser e isso não pode ser perdido.


Milhares de fiéis participam do Hosana Brasil

Madre Tereza dizia que ninguém pode sair da minha presença da mesma forma, ele precisa sair melhor. Precisamos sair da canção Nova com os reservatórios cheio, para que cheguemos em casa com serenidade, pessoas que vai lutar com os problemas mas que não vai perder a paz.

“Cuidado por onde andas, é sobre meus sonhos que caminhas” Carlos Drummond. Para os pais, que seus filhos se lembrem de você, não como alguém que queria sempre o primeiro lugar para eles, mas alguém que os amava.




Padre Fábio



Eu pisei em tantos lugares, escutei tanta vitórias, mas eu quero que o resumo do meu hosana, seja um dos momentos que eu mais pude aprender sobre a vida, sobre fragilidade, sobre o amor. Gabriel dizia que as vezes a vida nos humilha, pessoas que acham que é melhor que nós e faz questão de demonstrar isso através de palavras, atitudes.

Quanta gente não se sentiu humilhado por ser brasileiro, e ver que o Brasil poderia ser melhor, que o nome de Deus é usado de maneira baixa. Você fica humilhado como cidadão, quando ver que a sua cidade não é como poderia ser. Quando você precisa desconfiar da pessoa que chega perto de você.


Padre Fábio de Melo durante a pregação

A vida nos humilha, mas há um beleza na palavra humilhar, que é húmus, então você pode acreditar que a ainda há jeito. Eu não nasci para viver na humilhação. Você descobre que a morte não é um processo definitivo, que um pai, mãe, irmão, namorado, não foi antes do tempo, mas que ela pode abrir os olhos daqueles que estão vivos.



Um dia chegando cansado em casa, eu liguei a Canção nova e fui impactado pela propaganda de um acampamento com o tema “levanta-te e anda”, e depois eu não consegui mais dormir, fui imaginando Jesus dizendo aquilo ao paralitico, que foi capaz de tirá-lo de sua humilhação, e fui movido a fazer uma música, enquanto não a terminei, não fui dormir. Fui evangelizado por um comercial da Canção Nova, até um comercial na Canção Nova evangeliza.





Há muitas pessoas que estão sendo humilhadas, por causa de problemas pessoais, familiares. Todos nós vivemos humilhações, mas é você que deve escolher se você ficará na humilhação ou cantará a vitória de Deus em sua vida.

Transcrição: Regiane Calixto

Pregação: Levanta-te para a vitória - Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo

Pregação: Levanta-te para a vitória
Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo
Hosana Brasil - Cançãp Nova - 05/12/2009




Gabriel Chalita



Eu queria refletir com vocês passagem de quando levam as crianças para Jesus. “Foram-lhe, então, apresentadas algumas criancinhas para que pusesse as mãos sobre elas e orasse por elas. Os discípulos, porém, as afastavam. Disse-lhes Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham.” (Mateus 19,13-14)

“Deixai vir a mim as criancinhas”, é interessante que neste processo da existência humana, vamos aprendendo a respeitar as outras pessoas, vamos nos conhecendo e conhecendo os outros, quando Jesus diz “vir a mim”, Ele quer dizer que se não tivermos um coração puro como de criança, não seremos felizes.

O pai sonha muito com o filho, mas parece que o filho não atende os sonhos do pai, mas é preciso entender que o filho não é igual ao pai. O primeiro sonho de um pai e uma mãe deve ser que seu filho seja bom, que sonhe que os filhos se formem, mas o primeiro sonho é que seja bom. Se eu, pai, sonho que meu filho seja bom, a primeira coisa a fazer é eu ser bom. A criança, não é preconceituosa, ela vai pegando as manias dos pais, ela vai aprendendo com o jeito dos pais.

Os exemplos cotidianos que damos em casa prepara o ser humano, desenvolve a capacidade de amar. Pode faltar tudo, mas não pode faltar o amor.

O cristianismo familiar é preciso ser resgatado para os filhos viverem a verdade. Tem pai que só quer o filho em cima do “pódio”, mas é necessário saber que todos os erram, ninguém é perfeito.


Gabriel Chalita durante a pregação

Muitas vezes perdemos a chance de ser melhor. É a convivência com o outro que me faz um pouco melhor. “O verdadeiro cristão é aquele que permitia que a Bíblia esteja entranhada em si.” Vir para o hosana é saber que a palavra está entranhada em nós, nós sofremos, fomos vitoriosos, omissos, mas estamos aqui.

Quando pensamos como Jesus pensava, vivemos uma virtude muito linda, que é a compaixão. Perdemos muitas oportunidades de ajudar o outro porque não temos compaixão. Todos nós temos em nós a razão e emoção, todos temos capacidade de amar.

Toda vez que a gente trata o ser humano como uma coisa, não vivemos a essência do cristianismo. Precisamos fazer que com a nossa compaixão o outro se sinta amado, precisamos ser gentil com o outro.

Se eu não for simples, se alguém te perguntar se você tem alguma para coisa para celebrar a vitória, você tem tantas coisas que lhe ensinaram esse ano, mesmo com as situações dolorosas, hoje podemos ser um pouco melhor pois essas coisas nos fez crescer.

Cada um é diferente do outro, e precisa ser respeitado, assim como você também deve ser respeitado, a criança tem seu jeito próprio de ser e isso não pode ser perdido.


Milhares de fiéis participam do Hosana Brasil

Madre Tereza dizia que ninguém pode sair da minha presença da mesma forma, ele precisa sair melhor. Precisamos sair da canção Nova com os reservatórios cheio, para que cheguemos em casa com serenidade, pessoas que vai lutar com os problemas mas que não vai perder a paz.

“Cuidado por onde andas, é sobre meus sonhos que caminhas” Carlos Drummond. Para os pais, que seus filhos se lembrem de você, não como alguém que queria sempre o primeiro lugar para eles, mas alguém que os amava.




Padre Fábio



Eu pisei em tantos lugares, escutei tanta vitórias, mas eu quero que o resumo do meu hosana, seja um dos momentos que eu mais pude aprender sobre a vida, sobre fragilidade, sobre o amor. Gabriel dizia que as vezes a vida nos humilha, pessoas que acham que é melhor que nós e faz questão de demonstrar isso através de palavras, atitudes.

Quanta gente não se sentiu humilhado por ser brasileiro, e ver que o Brasil poderia ser melhor, que o nome de Deus é usado de maneira baixa. Você fica humilhado como cidadão, quando ver que a sua cidade não é como poderia ser. Quando você precisa desconfiar da pessoa que chega perto de você.


Padre Fábio de Melo durante a pregação

A vida nos humilha, mas há um beleza na palavra humilhar, que é húmus, então você pode acreditar que a ainda há jeito. Eu não nasci para viver na humilhação. Você descobre que a morte não é um processo definitivo, que um pai, mãe, irmão, namorado, não foi antes do tempo, mas que ela pode abrir os olhos daqueles que estão vivos.



Um dia chegando cansado em casa, eu liguei a Canção nova e fui impactado pela propaganda de um acampamento com o tema “levanta-te e anda”, e depois eu não consegui mais dormir, fui imaginando Jesus dizendo aquilo ao paralitico, que foi capaz de tirá-lo de sua humilhação, e fui movido a fazer uma música, enquanto não a terminei, não fui dormir. Fui evangelizado por um comercial da Canção Nova, até um comercial na Canção Nova evangeliza.





Há muitas pessoas que estão sendo humilhadas, por causa de problemas pessoais, familiares. Todos nós vivemos humilhações, mas é você que deve escolher se você ficará na humilhação ou cantará a vitória de Deus em sua vida.

Transcrição: Regiane Calixto

domingo, 6 de dezembro de 2009

Reminiscências (O Dia on line - Rio)

Padre Fábio de Melo: Reminiscências
O Dia on line - Rio


Gosto de recordar. Minhas reminiscências me contextualizam no agora que me envolve. É simples. O passado vivido serve como ponto de apoio para a interpretação que faço do presente. Eu sei quem sou, mas em partes. Meu saber tem limites. Está coberto por uma névoa existencial que reconheço instigante. A acessibilidade do que sou passa pelo empenho cuidadoso de minhas investigações. É uma aventura que requer cuidados. Não posso atentar contra o mistério do que sou, antes do tempo. A revelação humana é processual. Dá-se aos poucos, assim como a poesia se dá ao poeta.

Quero ampliar cada vez mais o aperfeiçoamento deste conhecimento. A memória me auxilia. Busco nos registros do passado os detalhes que estão esparramados pelas idades da vida. A infância é um campo fértil destes detalhes. Recordo-me dos primeiros registros que tenho. O menino que sofria de tantos medos ainda está aqui. Dorme nos braços do adulto que me tornei. Eu embalando a mim mesmo. Jeito interessante de reconciliar as fases do tempo num mesmo espaço. Terapia que realizamos sem consultório, quando pela força do entendimento somos capazes de conceder perdão aos erros que cometemos ao longo de nossa história. O adulto olha nos olhos do menino e o aconselha ser mais leve. Propõe que os traumas do passado sejam esquecidos.

Aplica-lhe a pedagogia que sugere que erros não são fontes de castigos, mas de virtudes. Segura pela mão, acende a luz do quarto escuro e o convence que fantasmas não existem.

No movimento cíclico das recordações é possível descobrir caminhos que nos oferecem soluções para questões antigas.

É como sair de casa em busca de um tesouro perdido. Anos e anos de busca até que um acontecimento simples nos faz compreender que o tesouro tão desejado estava enterrado no jardim de nossa primeira morada. E então o caminho de volta. A regressão que nos devolve às raízes.

Recordar é viver. Creio no dito. Eu o experimento. Por vezes me pego sentido saudades de odores de um tempo há muito já sepultado. Um fio de boa lembrança pode nos fazer reencontrar amores antigos, pisar terras distantes, recordar sabores esquecidos.

Que mecanismo é este? Que força é essa que me conduz a uma cronologia que os relógios já não podem comandar? Um fio tênue está interligando as memórias que resguardo? O homem que cresceu ainda tem direito de chorar pelas mesmas causas do menino? Guarde as respostas.

Vejo os velhos com admiração. Sempre gostei de tê-los por perto. São contextos de riquíssimas consumações. Quando bem vivida, a velhice é a fase da síntese humana. Todas as etapas estão reunidas, sentadas à mesa. O banquete da vida está posto. Os inúmeros personagens que vivemos se entreolham. O que agora está à mesa são os frutos que foram forjados em diferentes épocas.

Os rostos envelhecidos contemplam os rostos mais jovens. As diferenças estão reconciliadas. O rosto final comanda o encontro. É nele que todos os outros descobrem se a vida valeu a pena. Ou não.


Reminiscências (O Dia on line - Rio)

Padre Fábio de Melo: Reminiscências
O Dia on line - Rio


Gosto de recordar. Minhas reminiscências me contextualizam no agora que me envolve. É simples. O passado vivido serve como ponto de apoio para a interpretação que faço do presente. Eu sei quem sou, mas em partes. Meu saber tem limites. Está coberto por uma névoa existencial que reconheço instigante. A acessibilidade do que sou passa pelo empenho cuidadoso de minhas investigações. É uma aventura que requer cuidados. Não posso atentar contra o mistério do que sou, antes do tempo. A revelação humana é processual. Dá-se aos poucos, assim como a poesia se dá ao poeta.

Quero ampliar cada vez mais o aperfeiçoamento deste conhecimento. A memória me auxilia. Busco nos registros do passado os detalhes que estão esparramados pelas idades da vida. A infância é um campo fértil destes detalhes. Recordo-me dos primeiros registros que tenho. O menino que sofria de tantos medos ainda está aqui. Dorme nos braços do adulto que me tornei. Eu embalando a mim mesmo. Jeito interessante de reconciliar as fases do tempo num mesmo espaço. Terapia que realizamos sem consultório, quando pela força do entendimento somos capazes de conceder perdão aos erros que cometemos ao longo de nossa história. O adulto olha nos olhos do menino e o aconselha ser mais leve. Propõe que os traumas do passado sejam esquecidos.

Aplica-lhe a pedagogia que sugere que erros não são fontes de castigos, mas de virtudes. Segura pela mão, acende a luz do quarto escuro e o convence que fantasmas não existem.

No movimento cíclico das recordações é possível descobrir caminhos que nos oferecem soluções para questões antigas.

É como sair de casa em busca de um tesouro perdido. Anos e anos de busca até que um acontecimento simples nos faz compreender que o tesouro tão desejado estava enterrado no jardim de nossa primeira morada. E então o caminho de volta. A regressão que nos devolve às raízes.

Recordar é viver. Creio no dito. Eu o experimento. Por vezes me pego sentido saudades de odores de um tempo há muito já sepultado. Um fio de boa lembrança pode nos fazer reencontrar amores antigos, pisar terras distantes, recordar sabores esquecidos.

Que mecanismo é este? Que força é essa que me conduz a uma cronologia que os relógios já não podem comandar? Um fio tênue está interligando as memórias que resguardo? O homem que cresceu ainda tem direito de chorar pelas mesmas causas do menino? Guarde as respostas.

Vejo os velhos com admiração. Sempre gostei de tê-los por perto. São contextos de riquíssimas consumações. Quando bem vivida, a velhice é a fase da síntese humana. Todas as etapas estão reunidas, sentadas à mesa. O banquete da vida está posto. Os inúmeros personagens que vivemos se entreolham. O que agora está à mesa são os frutos que foram forjados em diferentes épocas.

Os rostos envelhecidos contemplam os rostos mais jovens. As diferenças estão reconciliadas. O rosto final comanda o encontro. É nele que todos os outros descobrem se a vida valeu a pena. Ou não.


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Uma história sugestiva

30/11
Uma história sugestiva

Tive a oportunidade de conhecer a África do Sul. Uma viagem fascinante. A grandeza do país está exposta nos pequenos detalhes. Um lugar onde as cores prevalecem. Nas paredes, na paisagem, nos tecidos e nas almas.

A África é um país musical. Em tudo há a prevalência de um som orgânico, nascido dos lugares, emitido sem reservas, sem descanso. Brota da natureza e das bocas. Nasce ao som de tambores e instrumentos rudimentares retirados do contexto da utilidade doméstica. Vida pragmática sendo transformada em vida simbólica. Criatividade de um povo que reconhece a vida como território da revelação divina. Aliás, admiro muito as comunidades humanas que não caíram na resolução fácil que divide o mundo em duas partes: sagrado e profano.

Sempre tive predileção pela musicalidade negra. Acho instigante a construção melódica que costura numa mesma pauta acordes felizes e acordes tristes. Mixórdia que revela a luta de antepassados; homens e mulheres que construíram a história que hoje perpassa o canto que meus ouvidos escutam. De um lado, os colonizadores, invasores que resolveram estender os poderes de suas pátrias, obedecendo ao instinto rudimentar do poder.
Força que legitima os absurdos das guerras, invasões e outras irracionalidades humanas. De outro, os colonizados, os legítimos donos da terra, os curadores do espaço. Música que conta os sofrimentos do degredo, mas que também revela as esperanças que a escravidão não conseguiu sufocar.

Durante a viagem pude ouvir muitas histórias sobre diferentes tribos africanas. Uma delas me comoveu. Uma história musical. É o relato de um costume preservado por uma tribo. Para cada criança que nasce uma música é composta. Uma oferenda que marca a entrada da criança no mundo. Música que estará diretamente ligada à identidade pessoal. Ela cumpre papel de ser a trilha que sonoriza os momentos importantes da vida daquele que a recebeu.

Há um fato interessante. Segundo a história que ouvi, além de ser cantada nas celebrações felizes, a música é utilizada por ocasião de grandes deslizes cometidos pela proprietária da música. Funciona como uma espécie de purificação. Ao perceber o desvio de caminho, a comunidade se reúne e canta, para que a pessoa, ao ouvir a sua música, possa ter a possibilidade de voltar ao formato original, ao início de tudo, momento em que a música lhe foi ofertada. Esse costume me fez pensar no quanto é necessário ter um referencial que nos faça voltar ao estado primeiro das coisas. Uma voz, uma palavra, um lugar, uma música, enfim, qualquer coisa que pertencesse à nossa memória afetiva, e que tivesse o poder de nos fazer voltar a nós mesmos. Algo que pudesse nos fazer enxergar melhor o contexto de nossas escolhas. Algo que nos ajudasse na reconciliação com nossos limites, sobretudo no momento em que os erros prevalecem sobre os acertos, e a vida se apresenta difícil demais diante de nossos olhos. A história me fez refletir sobre a arte de recomeçar.

Verdade ou lenda? Não importa. A história já virou verdade em mim. A partir de hoje quero estar atento a tudo o que me recorda quem sou. Esteja também. Mais cedo ou mais tarde precisaremos deste instrumental.
 
Fonte : Blog do site Pe. Fábio de Melo

Uma história sugestiva

30/11
Uma história sugestiva

Tive a oportunidade de conhecer a África do Sul. Uma viagem fascinante. A grandeza do país está exposta nos pequenos detalhes. Um lugar onde as cores prevalecem. Nas paredes, na paisagem, nos tecidos e nas almas.

A África é um país musical. Em tudo há a prevalência de um som orgânico, nascido dos lugares, emitido sem reservas, sem descanso. Brota da natureza e das bocas. Nasce ao som de tambores e instrumentos rudimentares retirados do contexto da utilidade doméstica. Vida pragmática sendo transformada em vida simbólica. Criatividade de um povo que reconhece a vida como território da revelação divina. Aliás, admiro muito as comunidades humanas que não caíram na resolução fácil que divide o mundo em duas partes: sagrado e profano.

Sempre tive predileção pela musicalidade negra. Acho instigante a construção melódica que costura numa mesma pauta acordes felizes e acordes tristes. Mixórdia que revela a luta de antepassados; homens e mulheres que construíram a história que hoje perpassa o canto que meus ouvidos escutam. De um lado, os colonizadores, invasores que resolveram estender os poderes de suas pátrias, obedecendo ao instinto rudimentar do poder.
Força que legitima os absurdos das guerras, invasões e outras irracionalidades humanas. De outro, os colonizados, os legítimos donos da terra, os curadores do espaço. Música que conta os sofrimentos do degredo, mas que também revela as esperanças que a escravidão não conseguiu sufocar.

Durante a viagem pude ouvir muitas histórias sobre diferentes tribos africanas. Uma delas me comoveu. Uma história musical. É o relato de um costume preservado por uma tribo. Para cada criança que nasce uma música é composta. Uma oferenda que marca a entrada da criança no mundo. Música que estará diretamente ligada à identidade pessoal. Ela cumpre papel de ser a trilha que sonoriza os momentos importantes da vida daquele que a recebeu.

Há um fato interessante. Segundo a história que ouvi, além de ser cantada nas celebrações felizes, a música é utilizada por ocasião de grandes deslizes cometidos pela proprietária da música. Funciona como uma espécie de purificação. Ao perceber o desvio de caminho, a comunidade se reúne e canta, para que a pessoa, ao ouvir a sua música, possa ter a possibilidade de voltar ao formato original, ao início de tudo, momento em que a música lhe foi ofertada. Esse costume me fez pensar no quanto é necessário ter um referencial que nos faça voltar ao estado primeiro das coisas. Uma voz, uma palavra, um lugar, uma música, enfim, qualquer coisa que pertencesse à nossa memória afetiva, e que tivesse o poder de nos fazer voltar a nós mesmos. Algo que pudesse nos fazer enxergar melhor o contexto de nossas escolhas. Algo que nos ajudasse na reconciliação com nossos limites, sobretudo no momento em que os erros prevalecem sobre os acertos, e a vida se apresenta difícil demais diante de nossos olhos. A história me fez refletir sobre a arte de recomeçar.

Verdade ou lenda? Não importa. A história já virou verdade em mim. A partir de hoje quero estar atento a tudo o que me recorda quem sou. Esteja também. Mais cedo ou mais tarde precisaremos deste instrumental.
 
Fonte : Blog do site Pe. Fábio de Melo

sábado, 28 de novembro de 2009

CD Iluminar - Ouça uma prévia das músicas. E deixe-se Iluminar !!!

Letra: Iluminar

Meu coração vai batendo em disparada
No horizonte dessa estrada
Vai seguindo sempre em frente
Buscando a luz, um sinal de lua clara
Pra que o escuro da jornada
Não confunda o olhar da gente

Meu coração, meio flor, meio de aço
Vai achando o seu compasso
Vai cumprindo aos poucos o seu papel
Encontrando seus motivos para amar
Renovando seus motivos pra sonhar

Pra não se perder
Pra não esquecer
Que o amor só com amor pode pagar...
Que o amor nos faz voar!

E nessa procura vou me aventurando
Vou criando asas que me levam longe
É pro alto que eu vou

Coração me leva a desbravar o mundo
Emprestando a luz pra quem está no fundo
Quero iluminar!

Coração me leva pelas suas asas
Semeando sonhos, desbravando estradas
É no alto que está o meu lugar
(Vou buscando um lugar)

E vivendo pra iluminar
E vivendo pra iluminar
Iluminar

Ouça uma prévia da música

Motivos Pra Recomeçar  => Ouça uma prévia da música


Meu Deus Quis Assim  => Ouça uma prévia da música

 Maria e o Anjo  => Ouça uma prévia da música
(A faixa tem participação especial de Elba Ramalho)

Cores da Eucaristia  => Ouça uma prévia da música

Onde Está Teu Irmão?  => Ouça uma prévia da música


Viver Para Mim É Cristo  => Ouça uma prévia da música
(A faixa tem participação especial de André Leonno)

Jesus, Meu Deus Humano  => Ouça uma prévia da música

Imagem e Semelhança  => Ouça uma prévia da música

No Meio de Nós  => Ouça uma prévia da música
(A faixa tem participação de Zezé de Camargo e Luciano)


Incendeia Minha Alma  => Ouça uma prévia da música

Fonte : Blog Padre Fábio de Melo
                                  *******************************************

"Ganhamos "Vida" , mas como somos "Humanos demais"  sentimos a necessidade constante de  nos fortalecer.  Que possamos abrir nossos corações como "Filhos do Céu" para receber essa luz, permitindo que "incendeie nossas almas",  e na partilha construir um "Novo Tempo", convidando Jesus para estar "No meio de nós", vivendo em Cristo o seu  "Amor eterno"  por nós."
Simone Barbosa